(RV) Foi
uma viagem absolutamente positiva, com uma mensagem de grande esperança
para todo o povo latino-americano: este é o primeiro balanço traçado
pelo Padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa
Sé sobre a missão do Papa Francisco no Equador, Bolívia e Paraguai:
“Efetivamente, o Papa Francisco, vindo na América Latina, encontrou
um acolhimento extraordinário. Vimo-lo ao longo das estradas, desde a
primeira noite e que nunca mais parou esta onda de atenção e de presença
popular ao longo das estradas. À parte dos grandes momentos de encontro
nas Missas, nas celebrações nas quais estavam presentes centenas de
milhares de pessoas e também um milhão de pessoas, ao longo das
estradas, tivemos muitas mais em todos os acontecimentos, em todos os
dias, em todos os lugares nos quais passou o Papa. Eu acredito,
portanto, que o primeiro aspeto interessante que profundamente sobressai
desta viagem, seja a resposta profundíssima e amplíssima por parte dos
povos que foram visitados: uma resposta, antes de mais, de atenção, de
amor, de afeto, mas também de acolhimento das suas palavras, como
encorajamento, como orientação, como fonte de esperança e de confiança
para o futuro, de que estes povos têm necessidade.”
“São povos que vivem um momento delicado da sua história, um momento
de passagem: têm uma situação geralmente melhor daquela do passado, de
um ponto de vista também das formas de governo que tiveram, mas há ainda
problemas gravíssimos: problemas gravíssimos de pobreza, de iniquidade,
de marginalização de pessoas, de dificuldade de integração de grupos na
sociedade, porque estão em condições de inferioridade por diversos
motivos. Assim, tudo isto foi vivido com uma atitude muito positiva: o
Papa foi capaz de dar uma mensagem positiva e de encorajamento a estes
povos em caminho e de demonstrar que a Igreja, com humildade e com muito
afeto, faz-se próxima, participa e não está separada do destino destes
povos, mas é solidária com estes povos, profundamente, e pode
encorajá-los, inspirá-los neste seu caminho.”
“O Evangelho, precisamente o Evangelho de Jesus Cristo, como
Evangelho de amor, de perdão, de misericórdia, constrói e ajuda a
construir uma sociedade e um mundo de relação, de solidariedade, de
amor, de gratuidade que permite mudar uma situação que, ao invés, está a
trazer as consequências de critérios e de princípios diferentes de
organização da sociedade, interesses económicos, poderes, que não metem
ao centro o bem comum ou o bem da pessoa a sua dignidade, mas interesses
particulares.”
“Então, como se faz esta revolução, esta mudança? O Papa Francisco
ajudou muito a perceber e a tomar as atitudes justas, a partir da
inspiração cristã, mas traduzindo-a depois em atitudes humanas que foram
recolhidas com muita alegria e com muita disponibilidade pelas pessoas
que o encontraram.” (RS)
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