(RV) No
final da tarde de terça-feira dia 7 de julho o Papa Francisco esteve na
Universidade Católica do Equador, na cidade de Quito, para um encontro
com o mundo da escola e da universidade.
Este encontro teve início com o discurso de D. Alfredo Espinoza
Mateus, presidente da Comissão Episcopal para a Educação e a Cultura do
Equador. Falaram também uma jovem estudante, uma professora e ainda o
reitor da Universidade Católica, Carrasco Castro.
O Santo Padre no seu discurso renovou o seu apelo em favor da defesa da mãe terra:
“Uma coisa é clara: não podemos continuar a virar as costas à nossa
realidade, aos nossos irmãos, à nossa mãe terra. Não nos é lícito
ignorar o que está a acontecer à nossa volta, como se determinadas
situações não existissem ou não tivessem nada a ver com a nossa
realidade.”
Denunciando a cultura do descartável e o uso irresponsável dos bens”,
o Papa recordou a pergunta de Deus a Caim: “Onde está o teu irmão?” Eu
interrogo-me se a nossa resposta continuará a ser: “Sou, porventura,
guarda do meu irmão?” – sublinhou o Papa Francisco
O Santo Padre neste ponto do seu discurso reiterou uma ideia já
anteriormente apresentada no seu pontificado: ‘um pobre que morre de
fome e frio não é notícia, mas se existem perdas nas bolsas das
principais capitais gera-se um escândalo mundial’.
De seguida o Santo Padre referiu-se ao relato bíblico da criação
citando o Livro do Genesis e recordou que juntamente com a palavra
“cultivar” aparece a palavra “cuidar” e o Papa Francisco exortou o
âmbito universitário a interrogar-se:
“Convosco, educadores, eu me interrogo: Velais pelos vossos alunos,
ajudando-os a desenvolver um espírito crítico, um espírito livre, capaz
de cuidar do mundo atual? Um espírito que seja capaz de procurar novas
respostas para os múltiplos desafios que a sociedade nos coloca? Sois
capazes de os estimular para não se desinteressarem da realidade que os
rodeia? Como entra, nos currículos universitários ou nas diferentes
áreas do trabalho educativo, a vida que nos rodeia com as suas
perguntas, interpelações, controvérsias? Como geramos e acompanhamos o
debate construtivo que nasce do diálogo em prol de um mundo mais
humano?”
Na sua intervenção o Papa Francisco recordou que “as comunidades
educativas têm um papel fundamental, essencial na construção da
cidadania e da cultura” e convocou famílias, alunos, centros educativos e
professores a promoverem debates e “espaços de verdadeira pesquisa” que
gerem alternativas para as problemáticas de hoje.
“Esta terra, recebemo-la como herança, como um dom, como um presente.
Far-nos-á bem interrogarmo-nos: Como queremos deixá-la? Qual é a
orientação, o sentido que queremos dar à existência? Com que finalidade
passamos por este mundo? Para que lutamos e trabalhamos?” – questionou o
Papa Francisco que pediu a inspiração do Espírito Santo para
“encontrarmos caminhos de vida nova”.
Seja Ele o nosso mestre e companheiro de viagem! – afirmou o Santo
Padre concluindo o seu discurso ao mundo da escola e da universidade.
(RS)
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