(RV) No Paraguai, na
manhã deste sábado, dia 11 de Julho, o Papa Francisco visitou o hospital
Geral Pediátrico “Niños de Acosta Ñú de Asunción. Francisco foi
acolhido pelo Diretor Geral do hospital que o acompanhou a visitar os
depratamentos de internamento, de reanimação e oncologia. Em seguida o
Papa encontrou-se com os dependentes do hospital. Falando à todos, num
discurso improvisado e procurando sintetizar o discurso oficial,
Francisco recordou o episódio de Jesus que se zangou com os apóstolos
porque estes tinham impedido às crianças de aproximarem-se dele;
Francisco evocou a humildade das crianças que as permite de entrar no
Reino dos Céus; falou do sofrimento dos petizes e exprimiu a sua
aproximação e oração também para os seus pais. Finalmente, o Papa
agradeceu e enconrajou todos aqueles que, no campo médico-sanitário
cuidam das crianças doentes.
Eis no entanto, na íntegra, o discurso oficial do Papa Francisco:
Senhor Director,
Queridas crianças,
Membros do pessoal,
Amigos todos!
Obrigado pela recepção tão calorosa que me fizeram! Obrigado por este tempo que me concedeis passar convosco!
Queridas crianças, quero fazer-vos uma pergunta, para ver se me
ajudais. Disseram-me que sois muito inteligentes, pelo que me animei a
fazê-la: Jesus zangou-se alguma vez? Lembrais-vos quando foi? Eu sei que
é uma pergunta difícil, dou-vos uma ajuda. Foi quando não deixaram
aproximar-se d’Ele as crianças. É a única vez, em todo o Evangelho de
Marcos, que se usa esta palavra (Mc 10, 13-15). Significa quase o mesmo
que a nossa expressão: encheu-se de ira. Já alguma vez vos zangastes?
Pois bem! Foi assim que ficou Jesus, quando não deixaram vir para junto
d’Ele as crianças, crianças como vós. Ele ficou muito zangado. As
crianças contam-se entre os predilectos de Jesus. Não significa que não
gostava dos mais velhos, mas que Se sentia feliz quando podia estar com
elas. Fazia-Lhe muito bem a amizade e companhia delas. E não só queria
tê-las perto; mais do que isso: deu-as como exemplo. Disse aos
discípulos: «Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis
entrar no Reino do Céu» (Mt 18, 3).
As crianças estavam longe, os mais velhos não as deixavam
aproximar-se, mas Jesus chamou-as, abraçou-as e pô-las no meio para que
todos aprendêssemos a ser como elas. Hoje Ele diria o mesmo a nós.
Fixa-nos e diz: Aprendei delas.
Devemos aprender de vós, da vossa confiança, alegria, ternura; da
vossa capacidade de luta, da vossa fortaleza; da vossa capacidade
incomparável de resistir. Sois uns lutadores. E, quando alguém tem tais
«guerreiros» à sua frente, sente-se orgulhoso. Não é verdade, ó mães?
Não é verdade, ó pais e avós? Ver-vos dá-nos força, dá-nos coragem para
ter confiança, para avançar.
Mães, pais, avós, sei que não é nada fácil estar aqui. Há momentos de
muita dor, incerteza. Há momentos de forte angústia que oprime o
coração, e há momentos de grande alegria. Os dois sentimentos coexistem,
estão em nós. Mas não há melhor remédio que a vossa ternura, a vossa
proximidade. E alegra-me saber que, entre vós famílias, vos ajudais,
animais, dais um «empurrãozinho» para prosseguir e atravessar este
momento.
Contais com o apoio dos médicos, dos enfermeiros e de todo o pessoal
desta casa. Obrigado por esta vocação de serviço, que ajuda não só a
curar, mas também a acompanhar a dor dos vossos irmãos.
Não nos esqueçamos disto: Jesus está perto dos vossos filhos; está
muito perto: no coração. Não hesiteis em suplicar-Lhe, não hesiteis em
falar com Ele, em compartilhar as vossas dúvidas, as vossas dores. Ele
está sempre ao vosso lado; mas sempre, e não vos deixará cair.
E, duma coisa, temos a certeza e mais uma vez o confirmo. Onde
estiver um filho, está a mãe. Onde estiver Jesus, está Maria, a Virgem
de Caacupé. Peçamos-Lhe que vos proteja com o seu manto, que interceda
por vós e pelas vossas famílias.
E não vos esqueçais de rezar por mim. Tenho a certeza de que as vossas orações chegam ao céu.
Sem comentários:
Enviar um comentário