(RV) O
acordo assinado nesta terça-feira dia 14 sobre o programa nuclear
iraniano é visto como positivo pela Santa Sé, segundo afirmou o Padre
Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé. O Padre
Lombardi afirma ainda que se trata de “um resultado importante das
negociações realizadas até agora, mas que requer a continuação dos
esforços e do compromisso de todos para que possa dar os seus frutos.
Frutos que se deseja que não se limitem apenas ao campo do programa
nuclear, mas que se expandam também noutras direções.”
Entretanto, D. Silvano Maria Tomasi, observador permanente da Santa
Sé junto da ONU em Genebra, contactado pela Rádio Vaticano considerou
ver que “a razão e a boa vontade podem levar a um compromisso político,
pode abrir caminhos de esperança”. Referiu também que pode ser um sinal
para a procura de diálogo para a paz na Síria. Eis um excerto das suas
declarações:
“Nas dificuldades atuais que vemos em várias partes do mundo, onde
está a explodir continuamente a violência, ver a paciência e a
utilização da razão e da boa vontade para levar em frente um compromisso
político e operativo pode, verdadeiramente, abrir a estrada a uma
esperança que também outras situações escabrosas possam encontrar uma
solução.”
“ O facto que os membros do Conselho de Segurança e o Irão tenham
assinado um acordo, que de certo modo acomoda os interesses das duas
partes, parece-me um grande passo em frente. Especialmente, porque
indica, antes de mais, que o diálogo é vencedor sobre a violência e, em
segundo lugar, que há a esperança, que agora, de qualquer modo, nos
possa levar em frente no esforço de encontrar um modo para pôr fim à
violência na Síria.”
“ A ideia é que o Irão é uma parte integrante do diálogo e da
negociação que pode levar à paz ou, pelo menos, à cessação imediata da
violência no Médio Oriente e, em particular, naquilo que diz respeito à
Síria, encontrar uma resposta comum, coordenada e razoável da parte da
comunidade internacional ao misterioso Estado Islâmico, que leva só mal e
consequências negativas não só na região, mas também em outras partes
do mundo.” (RS)
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