(RV) A
Viagem Apostólica do Papa Francisco à América Latina, visitando o
Equador, a Bolívia e o Paraguai entre os dias 5 e 13 deste mês de julho,
está a suscitar grande esperança e expectativa nos povos
latino-americanos. Quem o afirma, em entrevista à Agência EFE, é o
Vice-Presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, o Prof.
Guzmán Carriquiry, que considera que o Santo Padre está a provocar “uma
profunda revisão na vida da Igreja latino-americana" que está “não
somente convidando à conversão pastoral dos bispos e sacerdotes”, mas
também “a conversão pessoal de cada batizado”.
O Prof. Carriquiry é o primeiro leigo a ocupar um cargo de chefia num
dicastério vaticano e acompanhará o Papa nesta sua segunda viagem ao
continente com o maior número de católicos, e salienta nesta entrevista à
Agência EFE, que “nestes dois anos de pontificado ficou comprovado que
mais pessoas frequentam a igreja, acorrem aos confessionários, e as
estatísticas comprovam como um maior número de pessoas peregrina aos
grandes Santuários como Aparecida, Guadalupe e outros".
O Vice-Presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina
considera que quando se pensa na América Latina pensa-se em primeiro
lugar no México, Brasil e Argentina. Contudo, o Santo Padre visitará
países que estavam “mobilizados nas suas tradições rurais” mas que, nos
últimos anos “colocaram-se em movimento e viveram uma transformação de
modernidade e os setores populares passaram a ser protagonistas”.
Para o Prof. Guzmán Carriquiry, o Papa Francisco levará à América
Latina uma forte atenção para a ajuda aos pobres, para a proteção ao
meio-ambiente e ao valor da misericórdia. Para o Prof. Carriquiry a
encíclica do Santo Padre propõe uma vinculação entre a ecologia
ambiental, social e natural àquela humana.
O Vice-Presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina,
realça também nesta entrevista que Francisco, primeiro Papa
latino-americano, fez com que “em apenas dois anos, todos os Presidentes
da América Latina tenham vindo encontrar o Papa. E alguns, até várias
vezes.”
Segundo o Prof. Carriquiry, o Santo Padre quer estabelecer "uma
relação pessoal de transparência, de sinceridade, para partilhar, o mais
profundamente possível, as preocupações.”
(RS/JE/EFE)
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