(RV) Domingo,
26 de julho, Angelus com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro: largos
milhares de fiéis saudaram o Santo Padre e ouviram a sua reflexão.
O Evangelho de S. João apresenta neste domingo o grande sinal da
multiplicação dos pães – disse o Papa Francisco – quando Jesus foi para o
outro lado do mar da Galileia tendo sido seguido por grande multidão
atraída pelos milagres que Jesus realizava nos doentes.
Jesus coloca-se numa posição de quem ensina: sobe a um monte e
senta-se. Depois, desafia os discípulos dizendo-lhes: o que fazer para
dar de comer a esta multidão?
O Papa Francisco recordou Filipe, um dos discípulos, que logo fez
contas e considerou que não conseguiriam dar de comer a tanta gente.
Este discípulo, e os outros, raciocinam em termos de mercado, mas Jesus
substituía a lógica do comprar pela lógica do dar.
Eis que André apresenta um rapazinho que só tinha cinco pães e dois
peixes – continuou o Santo Padre – Jesus mandou-os sentar, pegou nos
pães e nos peixes, deu graças ao Pai e distribui-os e todos ficaram
saciados. Estes gestos antecipam os da Última Ceia.
Desta forma, o Papa afirmou que “participar na Eucaristia significa
entrar na lógica de Jesus” que é a “lógica da gratuidade e da partilha”.
A multidão ficou maravilhada com o prodígio da multiplicação dos
pães, mas o dom que Jesus oferece é plenitude de vida – afirmou o Santo
Padre:
“Jesus sacia não só a fome material, mas também aquela mais profunda, a fome de sentido de vida, a fome de Deus.”
O Papa Francisco apelou, assim, a todos os fiéis para que cumpram
pequenos gestos de solidariedade e que Deus os multiplicará tornando-nos
participantes do seu dom.
Depois da recitação do Angelus o Papa Francisco, acompanhado por dois
jovens, deu início às inscrições para a Jornada Mundial da Juventude
clicando num ipad a sua própria inscrição. Chamou à 31ª Jornada que se
realizará na Polónia no próximo ano um autêntico Jubileu da Juventude
integrado no Ano Santo da Misericórdia.
De seguida o Papa Francisco proferiu um apelo pela libertação das
pessoas sequestradas na Síria a começar, desde logo, pelo padre
Dall’Oglio, raptado na Síria há dois anos atrás:
“Daqui a alguns dias ocorre o segundo aniversário desde que, na
Síria, foi raptado o padre Dall’Oglio. Dirijo um apelo muito forte pela
libertação deste estimado religioso. Não posso esquecer também os bispos
ortodoxos raptados na Síria e todas as outras pessoas que nas zonas de
conflito foram sequestradas.”
O Papa Francisco recordou ainda a memória litúrgica deste domingo;
Santa Ana e S. Joaquim, pais de Nossa Senhora, que eram – sublinhou o
Papa – os avós de Jesus.
Como habitualmente o Santo Padre pediu que os fiéis rezassem por ele e a todos desejou um bom domingo e um bom almoço. (RS)
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