Li algures uma frase, julgo que de Bento VXI, em que ele afirmava que a verdadeira liberdade é dizer sim, sim a Deus.
Há algo mais livre do que o
amor?
E, no entanto, o amor nada
exige daquele que ama, a não ser o amor e o amor é livre.
Se eu amo sou fiel!
Porquê? É uma regra, uma norma
do amor?
Não, não é, é uma característica
indelével do amor. Sem fidelidade não há amor.
Se eu amo interessa-me em
primeiro lugar a felicidade do amado!
Porquê? É uma regra, uma norma
do amor?
Não, não é, é o que define o
amor. O amado é sempre mais importante que o amante, porque a recíproca é
verdadeira também, e só assim há amor.
Se eu amo coloco sempre em
primeiro lugar o amado!
Porquê? É uma regra, uma norma
do amor?
Não, não é, é inerente ao
amor. No amor o servidor é o senhor e o senhor é o servidor. Só assim acontece
o amor.
Se eu amo escuto sempre o amado!
Porquê? É uma regra, uma norma
do amor?
Não, não é, é a trave mestra
do amor. Ao escutar o amado, também o amado escuta o que ama e assim se
conhecem na pureza das intenções. Só escutando e falando o amor existe e se
torna sempre novo.
Se eu amo sou feliz!
Porquê? É uma regra, uma norma
do amor?
Não, não é, é uma verdade do
amor. A felicidade não se “mede” exteriormente, mas sente-se interiormente. Se
o amado sofre, o amor do que ama, torna o momento em felicidade, a felicidade
da paz, da serenidade, da companhia, da compreensão em silêncio, torna o
momento triste em algo que nos diz: Ainda bem que amo!
Se eu amo deixo de existir
para existir apenas o amado!
Porquê? É uma regra, uma norma
do amor?
Não, não é, e nem sequer é
amor. O amor não apaga a essência de cada um, antes pelo contrário a reforça e
torna a comunhão dos amados no verdadeiro amor.
Se eu amo não posso deixar de
falar do amor, de dar testemunho do amor, de me “eclipsar” para apenas aparecer
o amor.
Por tudo isso é que o Sim de
Maria é maior do que todos os nossos sins, porque nos nossos sins, há sempre,
sempre um “mas”, que cada qual pode encontrar se o quiser procurar.
E dar a vida por todos?
Esse é o AMOR!
Marinha Grande, 3 de Abril de
2020
Joaquim Mexia Alves
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