Momento da Via-Sacra 2018 no Coliseu de Roma com o Papa Francisco
As celebrações da
Quinta e Sexta feira Santas, a missa da vigília e o domingo: tudo foi
repensado para acompanhar os fiéis em tempos de pandemia.
VATICAN NEWS
Tudo será mais sóbrio e essencial. O Departamento de Celebrações
Litúrgicas do Sumo Pontífice teve que organizar rapidamente as
celebrações papais que Francisco está prestes a presidir sem a presença
dos fiéis, numa Basílica de São Pedro semi-vazia. No entanto, nesta
Páscoa muitos olharão para o Papa, graças aos meios de comunicação. De
facto, o Papa quer estar próximo a muitas pessoas impossibilitadas de
irem à missa e participar nas liturgias deste Tríduo Pascal em tempos de
pandemia e isolamento forçado. O crucifixo de São Marcelo e o ícone da
Salus Populi Romani que acompanharam a oração de 27 de março, e a missa
do Domingo de Ramos, estarão sempre presentes.
Na Quinta-feira Santa, o Papa não presidirá a missa da Crisma com os
sacerdotes da Diocese de Roma: a celebração será realizada após o
término da crise. A missa na Ceia do Senhor, que recorda a instituição
da Eucaristia, será celebrada às 18h (hora italiana), 17h no horário de Portugal, no Altar da Cátedra, sem o rito tradicional do Lava-pés e não
se concluirá com a reposição do Santíssimo no final da celebração.
Haverá dois momentos na Sexta-feira Santa. O primeiro é a Liturgia da
Paixão e da Adoração da Cruz, às 18h locais (17h no horário de Portugal), na Basílica de São Pedro. O crucifixo de São Marcelo será
coberto. Haverá uma meditação do pregador da Casa Pontifícia, frei
Raniero Cantalamessa, e depois o crucifixo será descoberto. Haverá
adoração, mas não o beijo na cruz.
Na noite da Sexta-feira Santa, às 21h (20 h de Portugal), haverá a
Via-Sacra na Praça de São Pedro, com as estações ao longo da colunata, ao
redor do obelisco e ao longo do percurso que leva ao adro. Dois grupos
levarão a cruz. Haverá dois detidos do cárcere “Due Palazzi” de Pádua
(as meditações foram escritas por alguns deles) e alguns médicos e
enfermeiros do FAS (Fundo de Assistência Médica Vaticana). Médicos e
enfermeiros estão na vanguarda do serviço aos doentes afetados pela
pandemia.
Durante a Vigília do Sábado Santo, às 21h (19h de Portugal), não
serão celebrados batismos. A cerimónia inicial com a Bênção do Fogo será
realizada atrás do altar da Confissão. Não haverá luzes para os
presentes e o canto das três invocações “Lumen Christi” ocorrerá somente
quando as luzes forem acesas na Basílica durante a procissão ao altar
da Cátedra. Os sinos da Basílica de São Pedro tocarão no momento do
Glória, anunciando a ressurreição.
A mesma sobriedade também caracterizará a Missa do Domingo de Páscoa,
que o Papa celebrará às 11h locais (10h de Portugal) no Altar da
Cátedra. O Evangelho será proclamado em grego e latim. No final da
missa, Francisco irá à sacristia para tirar as vestimentas, depois
retornará à Basílica diante do altar da Confissão para proferir a
mensagem Urbi et Orbi e dar a bênção pascal.
VN
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