09 abril, 2020

iturgias do Tríduo e Via-Sacra, a Páscoa essencial do Papa

 
 Momento da Via-Sacra 2018 no Coliseu de Roma com o Papa Francisco
 
As celebrações da Quinta e Sexta feira Santas, a missa da vigília e o domingo: tudo foi repensado para acompanhar os fiéis em tempos de pandemia.
 
VATICAN NEWS

Tudo será mais sóbrio e essencial. O Departamento de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice teve que organizar rapidamente as celebrações papais que Francisco está prestes a presidir sem a presença dos fiéis, numa Basílica de São Pedro semi-vazia. No entanto, nesta Páscoa muitos olharão para o Papa, graças aos meios de comunicação. De facto, o Papa quer estar próximo a muitas pessoas impossibilitadas de irem à missa e participar nas liturgias deste Tríduo Pascal em tempos de pandemia e isolamento forçado. O crucifixo de São Marcelo e o ícone da Salus Populi Romani que acompanharam a oração de 27 de março, e a missa do Domingo de Ramos, estarão sempre presentes.

Na Quinta-feira Santa, o Papa não presidirá a missa da Crisma com os sacerdotes da Diocese de Roma: a celebração será realizada após o término da crise. A missa na Ceia do Senhor, que recorda a instituição da Eucaristia, será celebrada às 18h (hora italiana), 17h no horário de Portugal, no Altar da Cátedra, sem o rito tradicional do Lava-pés e não se concluirá com a reposição do Santíssimo no final da celebração.

Haverá dois momentos na Sexta-feira Santa. O primeiro é a Liturgia da Paixão e da Adoração da Cruz, às 18h locais (17h no horário de Portugal), na Basílica de São Pedro. O crucifixo de São Marcelo será coberto. Haverá uma meditação do pregador da Casa Pontifícia, frei Raniero Cantalamessa, e depois o crucifixo será descoberto. Haverá adoração, mas não o beijo na cruz.

Na noite da Sexta-feira Santa, às 21h (20 h de Portugal), haverá a Via-Sacra na Praça de  São Pedro, com as estações ao longo da colunata, ao redor do obelisco e ao longo do percurso que leva ao adro. Dois grupos levarão a cruz. Haverá dois detidos do cárcere “Due Palazzi” de Pádua (as meditações foram escritas por alguns deles) e alguns médicos e enfermeiros do FAS (Fundo de Assistência Médica Vaticana). Médicos e enfermeiros estão na vanguarda do serviço aos doentes afetados pela pandemia.

Durante a Vigília do Sábado Santo, às 21h (19h de Portugal), não serão celebrados batismos. A cerimónia inicial com a Bênção do Fogo será realizada atrás do altar da Confissão. Não haverá luzes para os presentes e o canto das três invocações “Lumen Christi” ocorrerá somente quando as luzes forem acesas na Basílica durante a procissão ao altar da Cátedra. Os sinos da Basílica de São Pedro tocarão no momento do Glória, anunciando a ressurreição.

A mesma sobriedade também caracterizará a Missa do Domingo de Páscoa, que o Papa celebrará às 11h locais (10h de Portugal) no Altar da Cátedra. O Evangelho será proclamado em grego e latim. No final da missa, Francisco irá à sacristia para tirar as vestimentas, depois retornará à Basílica diante do altar da Confissão para proferir a mensagem Urbi et Orbi e dar a bênção pascal.

VN

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