Subo ao alto da montanha, abro
os braços e chamo: Senhor! Senhor! Senhor!
Só me responde o silêncio, mas
eu sei que depois de todo o meu esforço em subir a montanha, Ele com certeza me
responderá, pois fui ao Seu encontro.
Faço-me maior ainda, grito
ainda mais alto: Senhor! Senhor! Senhor!
E nada!
Nem um sussurro, um ruído,
sequer uma brisa que me toque e me faça sentir que Ele está ali.
Tento mais três ou quatro
vezes e nada, nem um pequeno sinal.
Desço então a montanha,
acabrunhado, triste, pensando, (pobre de mim), que teria merecido nem que fosse
um pequeno sinal.
Ao chegar ao sopé da montanha
vejo uma grande azáfama, com gente doente, gente com fome, gente sem abrigo,
gente que chora simplesmente e no meio de todos está Ele, a trabalhar sem
parança, consolando, curando, enxugando lágrimas e com Ele estão muitos também
ajudando-O em todo esse trabalho.
De repente, Ele levanta os
olhos, vê-me e de imediato acena-me para chegar junto dEle.
Atravesso a multidão e
digo-Lhe: Aqui estou Senhor! Que queres de mim?
Olha para mim, põe-me a mão no
ombro e diz-me com um sorriso: Deixa lá as tuas montanhas e vem cá para baixo,
para perto de Mim, ajudares-Me a distribuir o Meu amor e o amor que eu te dei,
pelos outros que mais precisam.
Assim estarás sempre perto de
Mim e comigo!
Baixo a cabeça envergonhado e
digo num sussurro, abraçando alguém que chora: Obrigado, Senhor!
Marinha Grande, 12 de Março de
2020
Joaquim Mexia Alves
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