O Bispo Auxiliar de Lisboa manifestou proximidade e oração pelas
vítimas portuguesas. “Para os que duvidam onde encontrar o rosto de
Deus, encontrem-nos no rosto dos médicos, enfermeiros, nos que trabalham
nos lares, nos profissionais de comunicação, é o rosto de Deus que
temos junto de nos para ultrapassar estas dificuldades”, destacou o
Bispo Auxiliar de Lisboa durante a homilia da missa a que presidiu na
capela da Rádio Renascença, em Lisboa.
D. Américo Aguiar, lembrou
esta manhã as vítimas mortais que o Covid-19 já provocou em Portugal.
“Tivemos hoje informação que morreram 12 pessoas: lembramos as suas
famílias, os seus conhecidos e suas comunidades com quem queremos estar
em comunhão”, afirmou o Bispo Auxiliar no início da celebração. No
início da celebração, o Bispo Auxiliar quis assegurar a sua proximidade a
todos quantos estão longe “preocupados com as suas famílias”. “Estamos
todos juntos e tomamos conta dos que estão mais sozinhos e estão longe
das suas famílias”, sublinhou, lembrando ainda as comunidades de
Felgueiras e Lousada, “também, em especial, Ovar”, mas também Bragança e
Vila Real, Lamego, Coimbra, Lisboa e tantas outras.
Ao lembrar as palavras do Papa Francisco, esta manhã, na celebração
da Casa de Santa Marta, D. Américo Aguiar quis lembrar “outras varadas”,
as “janelas dos computadores” que agora “servem graúdos e miúdos”. “Há
tanta coisa boa a acontecer, (queria) felicitar anónimos que se
multiplicam em inovação para que todos possamos viver com esperança”,
sublinhou durante a homilia, saudando todos os que de forma inovadora
“oferecem a todos e a cada um as possibilidades de participação”.
Nestes
dias de emergência nacional e isolamento social, “descobrimos sedes que
não tínhamos imaginado: nestes dias de menos horários descobrimos o
rosto dos outros”. “Há quanto tempo não olhavam durante tanto tempo, o
rosto dos filhos? Estamos habituados a sair cedo e levar para o
infantário ou creche, ainda de pijama, e trazê-los para casa, já de
pijama prontos para a cama. A mulher que mudou o cabelo, os filhos que
cresceram tanto, e que à mesa partilharam as suas preocupações…
Reaprendemos a estar em família, a dar tempo para reaprender o próprio
Senhor, que nos espera à beira do poço para nos saciar a sede e a fome”,
afirmou.
D. Américo Aguiar afirmou a certeza de “vencer” a situação de emergência: “Cada um em casa, parece violento, mas é necessário”.
“Queremos, nestes dias e neste tempo, no coração e nas famílias, a oportunidade de encontro com o Senhor misericordioso, é Ele que nos vai fazer passar esta provação maior”, sublinhou.
No final da
eucaristia, o prelado convidou à participação no momento nacional de
oração marcada para 25 de março, solenidade da Anunciação do Senhor,
perante a pandemia do Covid-19. “Todas as Dioceses estarão unidas na
oração do Rosário pelas intenções de todo o mundo e em particular de
Portugal, nesta situação dramática que estamos a passar devido ao
coronavírus Covid-19”, refere um comunicado da Conferência Episcopal
Portuguesa.
Com Ecclesia
Patriarcado de Lisboa
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