18 março, 2020

QUARENTENA?

 
 
 
 
 
 
Temos então quarenta dias para serem levados muito a sério.

Não interessa se me estou a referir aos quarenta dias da Quaresma ou aos quarenta dias da quarentena, porque ambos, motivados por razões diferentes, podem servir o mesmo propósito: Tempo para estar mais com Deus, em Deus e por Deus.

Mas a quarentena ajuda-nos ainda mais a pensar na fragilidade da vida e de como “não sabemos o dia nem a hora”, por isso temos de estar preparados.

Perguntamo-nos às vezes porque é que há Mosteiros de Clausura?
A resposta pode ser muito simples: Para adorar, interceder, rezar!

Estamos todos, (ou devíamos estar), em “clausura”, (embora mais “benigna” nas suas regras), por isso mesmo devemos aproveitar para adorar, interceder e rezar e assim juntar as nossas preces às preces desses Mosteiros, porque o mundo precisa, não só por causa da pandemia, mas sobretudo pelo seu afastamento progressivo de Deus, com práticas e hábitos que ofendem uma sociedade verdadeiramente humana querida por Deus.

Talvez o maior vírus não seja o tal corona, mas a indiferença, o egoísmo, a falta de moral, o abandono dos mais fracos, as crianças impedidas de nascer, os velhos e doentes obrigados a morrer, num mundo  onde pelos vistos é mais importante parecer do que ser.

Quarenta dias de oração pedindo a Deus que afaste de nós todos os vírus e que nós saibamos a partir de agora seguir os Seus Mandamentos que são a melhor profilaxia e cura para todos estes males.

Deus é amor, por isso só Deus basta!


Marinha Grande, 18 de Março de 2020
Joaquim Mexia Alves

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