20 novembro, 2019

 
 Irmã Ana Rosa com o seu primo, o Papa Francisco  (Jiraporn Kuhakan)
 
O Papa Francisco visitará o hospital St Louis, em Bangkok. A prima do Pontífice, falando ao Vatican News, diz que "os doentes que ele poderá ver e cumprimentar são quase todos budistas, mas esperam muito por este encontro, pois sentem que o Papa Francisco é uma pessoa extraordinária."
 
Alessandro Guarasci - Cidade do Vaticano

Entre as pessoas que o Papa Francisco encontrará nesta sua Viagem Apostólica à Tailândia, está também a sua prima, a Irmã Ana Rosa Sivori. A religiosa, de 77 anos, é membro das Filhas de Maria Auxiliadora e serve na escola feminina de Santa Maria, uma das cinco que a Congregação tem no país.  Durante a visita do Pontífice, a religiosa servirá de intérprete em alguns encontros.

A irmã Ana Rosa está na Tailândia há mais de 50 anos e, nesses anos, "realmente houve uma grande mudança e a nação continua a mudar. Eu vim como missionária para ajudar estas pessoas a conhecer Jesus. Como também diz o Papa Francisco, como dizia o Papa Bento XVI: não para fazer proselitismo, mas para estar com eles, fazendo que assim conheçam Jesus”.

O Papa Francisco também encontrará os doentes, pessoas portadoras de deficiência e a equipe médica do Hospital Saint Louis. Que realidade o Papa encontrará?

R. - Este hospital que o Papa Francisco visitará é um hospital católico. Existem dois hospitais católicos. Um dos camilianos, e este de St. Louis, que é da diocese. Por isso a atmosfera religiosa dentro desses hospitais é mais católica que budista e as pessoas sentem-se muito à vontade ali. O Papa irá visitar o St Louis porque está próximo da Nunciatura. Os doentes que ele poderá ver e saudar são quase todos budistas, mas eles esperam muito por este encontro porque sentem que o Papa Francisco é uma pessoa extraordinária. Eles viram-no na televisão e então inscrevem-se para este encontro.

Mas qual é o sentimento geral desta visita?

R. - A dua vinda aqui é uma grande bênção e um presente especial para toda a Tailândia. Todos aqui querem ir, querem vê-lo ... Nós dizemos: preparem-se porque o que ele dirá a vós ou o que verão deve ser um estímulo para a vida, para a vida pessoal de cada um. E esperamos que, após a visita do Papa, haja outra percepção da vida, que não seja tão trivial, mas que seja mais espiritual.

Sobre o que vocês falam quando se encontram, quando falam ao telefone?

R. - Ele pergunta-me como corre a vida na Tailândia. Falamos de coisas normais entre duas pessoas que se encontram depois de um longo tempo, mas não sobre algo específico.

Quando foi a última vez que o encontrou?

R. – Em março de 2018, há um ano e meio atrás

Vocês conversam periodicamente por telefone?

R. - Não. Quando tenho que escrever, escrevo em carta e faço-a chegar via Vaticano, através da Nunciatura
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Como o Papa Francisco é visto na Tailândia? O que os tailandeses mais admiram na sua pessoa?
 
R. - A sua proximidade com as pessoas, a sua simplicidade, a sua coerência ... porque o que ele diz, o que ensina, vive e vê-se como ele vive, com simplicidade, ele é muito austero consigo mesmo, e por isso as pessoas apreciam-no muito. Eles dizem: ele parece-se com um de nós, alguém do povo. E são os budistas que dizem isto! Muitos budistas dizem: "Eu gosto de ouvi-lo falar. Ele fala claramente, fala com simplicidade, para que todos possam entender." Eles realmente sentem isto. E agora todo o mundo tem a "pope feber", como costumam chamar: todos estão muito agitados porque querem vê-lo, querem vir para Bangkok.

VN

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