"O discípulo
missionário é um mendigo que reconhece que lhe faltam os irmãos, as
irmãs e as mães com quem celebrar e festejar o dom da reconciliação, que
Jesus oferece a todos". Palavras do Papa Francisco durante a sua homilia
na celebração eucarística no Estádio Nacional de Bangcoc, onde concluiu
as suas atividades desta quinta-feira, 21 de novembro
Manuel Tavares - Cidade do Vaticano
O Santo Padre concluiu as suas atividades em Bangcoc, capital da
Tailândia, na tarde desta quinta-feira, com uma celebração Eucarística,
no Estádio Nacional da cidade.
Em sua homilia, o Papa partiu da frase evangélica de Mateus “Quem é a
minha mãe e quem são os meus irmãos?”. Com esta pergunta, Jesus
desafiou a multidão a prestar atenção a esta pergunta, que parecia tão
óbvia, e respondeu: “Todo aquele que fizer a vontade do meu Pai, que
está no Céu. Este é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Pôr-se a caminho, descobrir a verdade
Deste modo, disse Francisco, Jesus critica os determinismos
religiosos e legais da época. No entanto, é impressionante ver no
Evangelho a variedade de perguntas que perturbam, despertam e convidam
os discípulos a porem-se a caminho e a descobrir a verdade, capaz de gerar a vida. Isto, afirmou o Papa, serve para abrir o coração e renovar a nossa vida e a da comunidade. E acrescentou:
Por isso, explicou Francisco, impelidos pela força do Espírito e
repletos de esperança, que nasce da boa nova do Evangelho, eles
puseram-se a caminho para conhecer os membros desta sua família que ainda
não conheciam. Mas, tiveram que abrir o coração a uma nova realidade,
superar todos os obstáculos e divisões, para encontrar as mães e irmãos
tailandeses, que não frequentavam a Igreja. E o Papa ponderou:
Todos somos discípulos missionários
Eis a fonte da ação evangelizadora, frisou Francisco, que recordou os
350 anos da criação do Vicariato Apostólico de Sião. Na época, eram
apenas dois missionários que lançaram a semente do Evangelho, que, desde
então, cresceu e desabrochou numa variedade de iniciativas
apostólicas, que contribuíram para a vida da nação. E o Papa afirmou:
O Santo Padre concluiu a sua homilia dizendo que “todos somos
discípulos missionários, quando fazemos parte viva da família do Senhor,
como Ele o fez”. E recordou:
Todas estas pessoas, disse por fim Francisco, fazem parte da nossa
família cristã. O discípulo missionário sabe que a evangelização não é
contar com a adesão dos poderosos, mas abre as portas para viver e
partilhar do abraço misericordioso e mediador de Deus Pai. Assim, o Papa
exortou a comunidade tailandesa a continuar o caminho iniciado há 350
anos pelos primeiros missionários.
VN
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