Cerca de 10 mil participaram da audiência na Praça de São Pedro
Nesta Quarta-feira de Cinzas, o Papa desejou a todos um frutuoso caminho quaresmal que permita encontrar e seguir mais de perto Jesus, até poder dizer, como São Paulo, "já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim".
Cristiane Murray – Cidade do Vaticano
Nesta bela quarta-feira de sol, antecedendo a primavera, o Papa foi acolhido por milhares de fiéis na Praça de São Pedro, onde concedeu a audiência geral.
Francisco propôs a todos uma catequese de continuidade com o ciclo
iniciado há algumas semanas sobre a oração do Pai Nosso. Desta vez, deteve-se no verso ‘Venha a nós o vosso reino’, a segunda invocação com a
qual nos dirigimos a Deus.
“Os sinais da vinda deste Reino são muitos e todos positivos”,
disse o Papa, lembrando que Jesus iniciou o seu ministério curando os
doentes no corpo e no espírito. Aqueles marginalizados e excluídos,
os leprosos, como os pecadores, desprezados por todos, são sinais de
que este mundo ainda está marcado pelo pecado e habitado por tanta gente
que sofre, pessoas que não sabem reconciliar-se nem perdoar, guerras e
muitos tipos de exploração.
Tudo isto demonstra que a vitória de Cristo ainda não se completou e
tantos homens e mulheres ainda vivem com o coração fechado. Quando nós
cristãos dizemos: ‘Venha a nós o vosso Reino’, significa ‘Precisamos de Vós, em todos os lugares e para sempre, no meio de nós’.
Embora se realize lentamente, e seja certamente a maior força que
existe, o Reino de Deus é como o fermento na farinha: não aparece muito,
mas é ele que faz crescer a massa. É um ‘destino’ que podemos intuir na
própria vida de Jesus. Ele também foi como uma ‘semente de mostarda’
que morreu na terra para ‘dar muito fruto’.
‘Venha a nós o vosso Reino!’: semeemos esta palavra no meio dos nossos pecados e tropêços. Ofereçamos esta invocação às pessoas
vencidas e abatidas, a quem experimentou na vida mais ódio que amor, a
quem viveu tantos dias inúteis sem entender o porquê. Vamos doá-la a quem
lutou pela justiça, a todos os mártires da história, a quem combateu por
nada... Escutaremos então a oração do Pai Nosso responder, repetindo
pela enésima vez aquelas palavras de esperança do Espírito Santo: “Sim, eu venho em breve. Amém!”.
Veja um trecho da catequese do Santo Padre
VN
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