D. Joaquim Mendes, presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família, destacou a luz de Cristo que nasce com este Natal e que ilumina “o interior” de cada homem e mulher e é capaz de “romper com todas as escuridões” do mundo. O bispo auxiliar de Lisboa deixou esta mensagem durante a celebração de acolhimento à Luz da Paz de Belém, que teve lugar na Sé de Lisboa.
Na sua homilia, o responsável católico salientou que Cristo “é a verdadeira Luz de Belém”, que durante este Natal vai ser simbólicamente acesa pela paz, em todas as dioceses e paroquias, através da tradicional campanha ‘10 milhões de Estrelas’, da Cáritas Portuguesa. Uma luz em forma de vela, que por si só consegue iluminar a “escuridão exterior”, mas que invoca “a luz autêntica”, que leva um novo resplandecer ao coração da humanidade, capaz de “romper com todas as escuridões, de gerar vida, e apontar caminhos seguros de esperança, de alegria, de fraternidade, de solidariedade e de paz”. “É esta luz que queremos acender, não só simbolicamente, mas interiormente, em nós, para a levar ao mundo, para que ilumine tantas muitas zonas escuras, que a luz natural e a luz elétrica não conseguem iluminar”, reforçou D. Joaquim Mendes.
A Luz da Paz de Belém é uma iniciativa mundial de apelo à paz, a partir
de uma luz acendida na Gruta da Natividade, onde segundo a tradição
cristão nasceu Jesus, em Belém, na Terra Santa. Este ano, ela foi
primeiro transportada por uma criança austríaca e depois quatro membros
do Corpo Nacional de Escutas trouxeram-na para Portugal, onde vai chegar
a todas as regiões. Através da campanha ‘10 milhões de Estrelas’, da
Cáritas Portuguesa, e em parceria com o Corpo Nacional de Escutas, as
pessoas são convidadas a adquirir uma vela (com o preço unitário de um
euro) para depois a colocarem no parapeito da janela, na noite de Natal,
como mensagem a favor da paz no mundo.“Não é suficiente esta luz que
hoje viemos buscar para levar para as nossas comunidades. Esta é uma luz
que vai acabar por se extinguir”, disse D. Joaquim Mendes, para quem é
essencial que esta iniciativa, e o tempo de Natal, contribuam para
“reacender nos corações” a chama do amor, da fraternidade, da comunhão
entre todas as pessoas.
E todos os católicos, todos os
consagrados e leigos, têm uma “missão” a desempenhar: “mostrar Cristo
presente e vivo, com obras de luz que dissipam as trevas de um futuro
incerto, abrindo caminhos de esperança num mundo que caminha para a
desertificação material, com a devastação provocada pelas alterações
climáticas, pelos incêndios, pela escassez da água, e pela falta de
cuidado e de respeito pela natureza e pelo ambiente”, frisou o
presidente da Comissão Episcopal para o Laicado e Família. Aquele
responsável desafiou aind a fazer renascer um “mundo que caminha para a
desertificação religiosa, espiritual, dos valores, do sentido da vida e
da adulteração da História”. Uma sociedade “que fala do Natal e celebra o
Natal, mas sem Cristo, que é substituído pelas luzes, pelas árvores,
pelos enfeites, pela euforia das compras, e pelo homem das barbas, de
capaz e fato vermelho a distribuir presentes num trenó”. “É a este mundo
que queremos levar a luz de Belém, Cristo”, completou.
Ecclesia
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