(RV) Segunda-feira,
25 de maio: na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que a
abundância de bens vivida no egoísmo é a origem da corrupção. Quem
possui riquezas deve coloca-las ao serviço do bem comum.
A cena comentada pelo Santo Padre é uma das mais famosas do
Evangelho: O jovem rico encontra Jesus e quer segui-lo, vivendo
plenamente os mandamentos, mas, de repente, muda completamente de humor e
atitude quando o Mestre lhe fala do último passo a ser dado, a “única
coisa” que falta: vender os bens e entregar a receita aos pobres e
depois, então, segui-lo. De repente, “a alegria e a esperança” do jovem
rico desapareceram, porque ele não quer renunciar à sua riqueza:
“O apego às riquezas é o início de todos os tipos de corrupção, em
todos os lugares: corrupção pessoal, corrupção nos negócios, também a
pequena corrupção comercial, daqueles que tiram 50 gramas do peso
correto, a corrupção política, a corrupção na educação… Porquê? Porque
aqueles que vivem apegados ao próprio poder, às próprias riquezas,
acreditam viver no paraíso. Estão fechados, não têm horizonte, não têm
esperança. No fim deverão deixar tudo”.
“Viver sem horizonte é uma vida estéril, viver sem esperança é uma
vida triste. O apego às riquezas dá-nos tristeza e torna-nos estéreis.
Digo ‘apego’, não digo ‘administrar bem as riquezas’, pois as riquezas
são para o bem comum, para todos. Se o Senhor dá a riqueza a uma pessoa é
para que ela possa usá-la para o bem de todos, não para si mesmo, não
para que se feche no seu coração tornando-se corrupto e triste.”
O Papa Francisco concluiu a sua homilia recordando o que nos diz Jesus com a primeira bem-aventurança:
“A primeira Bem-aventurança: Bem-aventurados os pobres em espírito,
ou seja, despojar-se do apego e fazer com que as riquezas que o Senhor
te deu sejam para o bem comum. É a única maneira. Abrir a mão, abrir o
coração e abrir o horizonte. Se tu tens a mão fechada, tens o coração
fechado como aquele homem que fazia banquetes e usava roupas luxuosas,
tu não tens horizontes, não vês os outros que precisam e vais acabar
como aquele homem: distante de Deus.” (RS)
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