(RV) No
fim da manhã deste sábado chegou à Estação ferroviária da Cidade do
Vaticano o Comboio das Crianças, transportando 200 crianças, filhos de
detentos, provenientes de Bari e Trani, numa iniciativa do Pátio dos
Gentios. Logo após a chegada, as crianças e seus acompanhantes puderam
encontrar o Santo Padre na Sala Nervi: “Não deixem nunca de sonhar”,
disse Francisco aos pequenos.
À pergunta do Papa “Quando é que um coração é de gelo ou de pedra?”
alguns dos pequenos responderam: “Quando se fica desiludido”, enquanto
outros disseram “quando não sonhamos ou não rezamos”. Após, uma criança
respondeu: “quando não escutamos a Palavra de Deus e de Jesus”. A este
ponto o Papa a chamou e disse: “tu disseste uma coisa bonita, repitamos
juntos: nunca deixeis de sonhar e de escutar a Palavra de Jesus, porque
Jesus alarga o coração e ama a todos”.
O Papa Francisco quis saudar uma a uma, com os seus acompanhantes e
familiares e recebeu o abraço de muitos, assim como muitos foram os
pedidos para fazer selfies. As crianças doaram ao Papa alguns braceletes
feitos por suas mães na prisão, assim como desenhos, pequenas águias.
Quando os pequenos chegaram ao Vaticano, soltaram pipas na forma de
águias, num gesto que simboliza o tema escolhido este ano pelo Pátio das
Crianças – Voo - porque, como explicado, quer oferecer aos pequenos que
vivem com as suas mães uma quotidianidade marcada pela prisão e
afastamento dos seus irmãos e para aqueles que vivem a separação das
suas mães detidas, um dia para voar e soltar a fantasia, sair da dura
realidade a que são obrigados a viver.
O Comboio das Crianças é promovido pelos Caminhos de Ferro do Estado
em colaboração com o Pátios das Crianças, uma iniciativa da Santa Sé
dedicada aos pequenos, no âmbito do Pátio dos Gentios. O tema do ‘Voo’
foi escolhido pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura,
Cardeal Gianfranco Ravasi. A iniciativa chegou à sua terceira edição,
após aquela de Nápoles, em 2014, dedicada aos jovens com abandono
escolar e a de Milão, voltada aos jovens que são acolhidos em casas de
família. (BS/JE)
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