(RV) O
Papa Francisco concedeu uma entrevista ao jornal argentino: “La Voz del
Pueblo” publicada nesta segunda-feira dia 25 de maio. Foi na Casa Santa
Marta que o Santo Padre recebeu o jornalista Juan Berretta e foram
vários os assuntos tratados nesta entrevista.
O Papa começou por dizer nesta entrevista que precisa das orações de
todos e é por isso que diz sempre “rezem por mim”: “Preciso que a oração
do povo me ajude. É uma necessidade interior” – afirmou o Papa.
Jorge Mario Bergoglio reiterou que jamais pensou em ser eleito para a
Cátedra de Pedro e, brincando, lembrou que no último Conclave o seu
nome estava em 46º lugar nas apostas dos bookmakers ingleses.
O Santo Padre confessou que em relação aos anos passados na Argentina
sente falta de caminhar pela rua e ir comer uma pizza. O Papa Francisco
confessou que lhe faz bem “estar com as pessoas”: “Estar com as pessoas
faz-me bem e eu, psicologicamente, não posso viver sem elas.”
Nesta entrevista o Papa abordou temas pessoais como as suas horas de
sono que, normalmente, são poucas: cerca de seis horas. Deita-se às
21horas e acorda pelas 4 da manhã. Também procura repousar a seguir ao
almoço fazendo uma breve “sesta”. Das suas leituras disse estar a ler
“S. Silvano do Monte Atos, um grande mestre espiritual” e confidenciou
não ver televisão há 25 anos: "É um voto que fiz a Nossa Senhora do
Carmo a 15 de julho de 1990."
Quanto a atentados o Papa Francisco afirmou perentoriamente “não
sentir medo” por que está “nas mãos de Deus”, mas confessou emocionar-se
perante as situações de injustiça, muito embora não goste de chorar em
público.
No governo da Igreja o Santo Padre disse a Juan Berreta que existem
pressões, em particular, temporais, tendo referido que é uma espécie de
“síndrome do final de ano escolar, que acaba em junho”.
O jornalista Juan Berreta, questionou o Papa Francisco sobre a
definição de “Papa dos pobres”. Ele respondeu: “A pobreza está no centro
do Evangelho. Jesus veio para pregar aos pobres; se tirarem a pobreza
do Evangelho não se entende nada”. E identificou os piores males do
mundo de hoje: “a pobreza, a corrupção, o tráfico de pessoas”.
A este propósito o Santo Padre, citando dados estatísticos,
questionou as prioridades de uma sociedade que a seguir às necessidades
de alimentação, roupa e medicamentos coloca os cosméticos e outros bens
supérfluos.
Por fim, à pergunta sobre como gostaria de ser lembrado, o Papa
Francisco respondeu com simplicidade: “Como uma pessoa que se empenhou
em fazer o bem, não tenho outra pretensão”. (RS)
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