(RV) Sábado,
23 de maio: o Papa Francisco recebeu em audiência na Sala Paulo VI os
membros da ACLI – as Associações Cristãs dos Trabalhadores Italianos por
ocasião do 70º aniversário da fundação desta organização.
No seu discurso o Santo Padre referiu-se à amplitude e velocidade de
reprodução atual das desigualdades, falou de precariedade e apresentou
quatro dimensões do trabalho para uma vida com dignidade dos
trabalhadores: o trabalho livre, criativo, participativo e solidário.
Em primeiro lugar, o trabalho livre que significa que o ser humano
não deve ser instrumento de organizações esclavagistas e de alienações
mas de esperança e de vida nova. O trabalho é livre porque é imagem da
presença de Deus na história.
De seguida, o trabalho criativo, que para o Papa deve ser a expressão
da liberdade de quem quer ter iniciativas empresariais que contribuam
para o desenvolvimento económico e social da comunidade. Um aspeto muito
importante para as novas gerações.
O trabalho participativo, segundo o Santo Padre, exprime a lógica
relacional da vida laboral, ou seja, ver sempre na finalidade do
trabalho o rosto do outro e a sua colaboração responsável.
O trabalho solidário – afirmou o Papa – significa encontrar as
pessoas que perderam o trabalho e procurar soluções para elas, desde
logo, com a nossa proximidade acolhendo-as e indo ao seu encontro
contribuindo para novas oportunidades de trabalho.
No final do seu discurso o Papa Francisco recordou as três
fidelidades desta organização: aos trabalhadores, à democracia e à
Igreja. O Santo Padre pediu-lhes para viverem-nas no concreto da
fidelidade aos pobres, através do acolhimento aos jovens e na luta ao
empobrecimento ajudando aqueles que de um momento para o outro entram na
pobreza porque perdem o trabalho. (RS)
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