WASHINGTON DC, 08.MAI.07 - 07:34 pm (ACI) - Francis Beckwith renunciou esta semana ao seu cargo de Presidente da Sociedade Teológica Evangélica (ETS). O motivo: retornou à Igreja a Católica onde cresceu e que abandonou para abraçar o protestantismo.
Conforme sustenta num um blog, "não
acredito que seja possível que a ETS conduza seu negócio e seus assuntos
de forma que impulsione o Evangelho de Cristo, enquanto eu for seu
presidente. Por isso, desde 5 de maio renuncio ao cargo de presidente
da ETS e membro de seu comité executivo".
Beckwith relata que começou a sua volta à fé em que cresceu, quando decidiu ler alguns bispos
e teólogos dos primeiros séculos da Igreja. "Em janeiro, por sugestão
de um amigo querido, comecei a ler os Padres da Igreja, assim como
alguns trabalhos mais sofisticados sobre a justificação em autores
católicos. Comecei a convencer-me de que a Igreja primitiva é mais
católica que protestante e que a visão católica da justificação,
corretamente compreendida, é bíblica e historicamente defensável".
O perito estava disposto a retornar à Igreja Católica
quando terminasse o seu serviço como presidente, em novembro do próximo
ano. Entretanto, o seu sobrinho de 16 anos pediu-lhe para ser seu padrinho da
confirmação, no próximo dia 13 de maio e por isso reconsiderou a sua
decisão.
Segundo Beckwith, "não
podia dizer 'não' ao meu sobrinho querido, que acredita na renovação da
sua fé em Cristo nas nossas conversas e correspondência. Mas para fazê-lo,
devo estar em total comunhão com a Igreja. Por isso, no dia 28 de abril
passado recebi o sacramento da Confissão".
Beckwith espera que a
sua partida permita à Sociedade Teológica Evangélica estudar a tradição
da Igreja de uma forma que não seria possível com ele, como presidente.
"Há uma conversa que
deve ser realizada na ETS, uma conversa sobre a relação entre Evangelismo e
o que se chama 'Grande Tradição', uma tradição da qual todos os
cristãos podem traçar a sua paternidade espiritual e eclesiástica. É uma
conversação que eu recebo com agrado, e espero ser participante. Mas a minha presença na ETS como presidente, concluí, diminui as
possibilidades de que ocorra esta conversa. Só exacerbaria a desunião
entre cristãos que precisa de ser remediada".
O ex-presidente também
enfatizou o seu agradecimento à ETS. "A sua tenaz defesa e prática da
ortodoxia cristã é que sustentou e nutriu a quem tenho encontrado no nosso
caminho de volta à Igreja de nossa juventude".
Nota: Este texto foi adaptado ao português de Portugal, tentando evitar qualquer hipótese de alterarão do sentido.
Nota: Este texto foi adaptado ao português de Portugal, tentando evitar qualquer hipótese de alterarão do sentido.
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