Aproximo-me
de Ti
e
sinto o frio das lajes do chão,
nos
meus pés,
mas
não me importa,
porque
Tu
me
aqueces o coração.
Olho-Te,
no
Santíssimo Sacramento do altar,
eTu,
devolves-me
o olhar,
tão
intensa e profundamente,
que
me sinto o único alvo do teu amor,
no
meio da multidão.
Sinto-me
um nada,
Senhor,
um
grão de areia,
na
imensa praia do teu amor.
Lenta,
mas
inexoravelmente,
a
tua presença toca-me,
e,
cada
um daqueles que ali estão,
tornam-se
em mim,
ou
eu neles,
tornamos
todos em Ti,
ou
Tu,
Um
só em nós,
na
mais perfeita união.
Abro-me
todo,
entrego-me,
confio,
sou
teu,
somos
teus,
neste
único Corpo que é o teu,
que
se faz assim,
vivo
e verdadeiro,
e
àqueles a quem for dado ver,
na
imensa e única Igreja,
Santa,
com
o seu Único Pastor,
que
és Tu,
meu
Deus e meu Senhor,
o
vivo Pão,
causa
única,
desta
total comunhão.
Do
altar,
onde
Te fazes presença viva,
para
quem Te ama na Fé,
os
anjos recolhem a oração,
o
sacrifício,
a
intercessão,
e
nas suas asas de pura inocência,
levam
tudo ao Céu,
ao
Pai,
ao
Filho,
ao
Espírito Santo,
infinito
mistério,
para
toda e qualquer ciência,
e
cantam,
num
infinito louvor:
Santo,
Santo, Santo…
Da
minha boca sai um grito mudo!
Não
posso falar,
porque
o momento me cala,
porque
o amor me avassala,
porque
sou todo um sorriso imenso,
repassado
de alegria.
Do
meu grato coração,
sai
apenas,
esta
muda oração:
Obrigado,
Senhor,
pela
eterna Eucaristia!
Solenidade
de Pentecostes
Marinha
Grande, 24 de Maio de 2015
Joaquim
Mexia Alves
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