(RV) A
paróquia Regina Pacis de Ostia Lido, litoral da Diocese de Roma, viveu
uma tarde memorável de festa e muita alegria, este domingo (14.05.2015), com a visita
pastoral do Papa Francisco.
Pouco antes de chegar à paróquia, o Santo Padre fez uma visita fora
do programa, passando pelo Luna Park de Ostia, onde visitou as Pequenas
Irmãs de Jesus de Charles de Foucauld, que vivem ali entre os nómades do
Luna Park.
Trata-se de mulheres consagradas que, em resposta ao Amor de Deus e a
seu chamado, seguem Jesus e vivem o seu Evangelho no espírito de Belém e
de Nazaré, espírito de encarnação silenciosa e de gratuidade, espírito
de oração e de amizade, contemplativas no mundo. O Papa se disse muito
impressionado pela escolha delas e extrema pobreza em que vivem as
religiosas.
Enquanto isso, na localidade de Ostia, uma multidão pelas ruas em
torno da paróquia aguardava o Papa, saudando-o com grande alegria quando
da sua passagem. Ao chegar à paróquia – iniciando assim a 11ª visita a
uma comunidade confiada ao Vicariato de Roma –, antes de celebrar a
santa Missa, o Pontífice encontrou os anciãos, os jovens, os doentes e
as famílias no ginásio desportivo adjacente à igreja matriz.
Ainda antes do início da celebração eucarística, um sacerdote, uma
irmã religiosa e dois jovens do oratório se confessaram na sacristia com
o Papa Francisco. Precedentemente, o Santo Padre havia também
encontrado casais que nos últimos meses baptizaram os seus filhos
naquela paróquia.
Ostia, foi dito ao Papa, encontra-se contracorrente em relação à
queda demográfica e somente da região central, ou seja, do território da
paróquia, são feitos mais de 200 baptizados a cada ano.
“Quando repelimos os outros, por exemplo, ou quando fofocamos, não
permanecemos em Jesus: Jesus jamais fez isso. Quando somos mentirosos,
não permanecemos em Jesus: Ele jamais fez isso. Quando enganamos os
outros com o jogo sujo que está ao alcance de todos, somos ramos mortos,
não permanecemos em Jesus: advertiu Francisco na homilia, comentando as
palavras do Evangelho deste domingo sobre os ramos lançados fora porque
separados da videira.
Permanecer em Jesus, acrescentou, é fazer o mesmo que Ele fazia:
fazer o bem, ajudar os outros, rezar ao Pai, cuidar dos doentes, ajudar
os pobres, ter a alegria do Espírito Santo.
“Existem também outros ramos”, do qual Jesus não fala nesta página do
Evangelho, mas fala em outra parte, observou o Papa Francisco.
“São aqueles que se mostram como discípulos de Jesus, mas fazem o
contrário de um discípulo de Jesus, e são os ramos hipócritas. Pode ser
que vão à Missa todos os domingos, talvez façam expressão de imagem de
santo, piedosa, mas depois vivem como se fossem pagãos. E a esses, no
Evangelho, Jesus os chama de hipócritas”, frisou o Papa.
“Jesus é bom, convida-nos a permanecer n’Ele. O Senhor nos dá a força
e se escorregamos em pecados – todos somos pecadores –, Ele nos perdoa,
porque é misericordioso.
“É verdade, todos somos pecadores, mas se permanecemos em Jesus, como
os ramos com a videira, o Senhor vem, nos poda um pouco, para que
possamos dar mais frutos. Ele sempre cuida de nós”, disse ainda.
Mas se nos separamos da videira, “não permanecemos no Senhor: somos
cristãos apenas de palavras, mas não de vida, somos cristãos, mas
mortos, porque não damos fruto, como os ramos separados da videira”.
Francisco exortou os fiéis a estarem unidos a Cristo para receber a
vida que Ele nos dá, também o perdão, a poda, mas recebê-la d’Ele. Todos
somos pecadores, mas se permanecermos em Cristo como os ramos na
videira, o Senhor nos perdoa e vem ao nosso encontro para fazer-nos dar
frutos. “Que o Senhor nos conceda essa graça”, concluiu o Papa. (BS/RL)
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