(RV) Quarta-feira,
6 de maio: muita alegria e emoção nos milhares de fiéis que encheram a
Praça de S. Pedro para saudarem o Papa Francisco. Na sua catequese o
Santo Padre falou sobre a beleza do matrimónio dizendo, desde logo, que
este não é apenas uma cerimónia com flores, vestidos e fotos, mas um
sacramento que cria uma nova comunidade familiar que edifica a Igreja.
S. Paulo afirma que, no matrimónio, o amor entre os esposos é uma imagem do amor que existe entre Cristo e a Igreja:
“ Inspirado pelo Espírito Santo, Paulo afirma que o amor entre os cônjuges é imagem do amor entre Cristo e a Igreja.”
Desta forma – continuou o Papa – os esposos são chamados a viver a
radicalidade de um amor que, iluminado pela fé, restabelece a
reciprocidade da entrega e dedicação segundo o projeto original de Deus
para a humanidade.
“O marido – diz Paulo – deve amar a mulher “como o próprio corpo”;
amá-la como Cristo “amou a sua Igreja e se deu a si próprio por ela”.
Mas vocês maridos que estais aqui presentes compreendeis isto? Amar a
própria mulher como Cristo ama a Igreja. Isto não é uma brincadeira, é a
sério!”
Recordando as palavras de S. Paulo, o Santo Padre afirmou que “o
matrimónio é um grande ato de fé e de amor que testemunha a coragem de
acreditar na beleza do ato criador de Deus e de viver aquele amor que
leva a andar sempre mais além de si próprio e para além da própria
família.”
A Igreja participa plenamente na história de cada casal cristão –
disse ainda o Papa – alegra-se com os seus êxitos e sofre com os seus
fracassos. Isto é assim porque os esposos participam na missão da Igreja
justamente enquanto esposos, dando testemunho da sua fidelidade
corajosa à graça deste sacramento.
“Por isso digo aos recém-casados que são corajosos, porque é preciso coragem para amar-se como Cristo amou a Igreja".
Trata-se de um grande mistério, um tesouro levado em vasos de barro,
mas sustentado pela misericórdia e ternura de Deus: um caminho na fé, no
amor e na esperança, com as alegrias e fadigas de uma vida familiar –
afirmou o Papa Francisco que concluiu a sua catequese dizendo:
“S. Paulo tem razão: trata-se de um grande mistério! Homens e
mulheres, suficientemente corajosos para levar este tesouro nos vasos de
barro da nossa humanidade, são um recurso essencial para a Igreja e
para o mundo. Deus os abençoe mil vezes por isso!”
No final da catequese o Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Caros peregrinos de língua portuguesa, particularmente os fiéis
brasileiros de Ribeirão Preto: sede bem-vindos! Lembrai-vos que nunca
estais sós: o Senhor crucificado e ressuscitado guia-vos, nas vossas
famílias e no trabalho, nas dificuldades e nas alegrias, para que leveis
ao mundo a primazia do amor de Deus. Obrigado pela vossa presença!”
Nas saudações em italiano o Papa Francisco recordou que nos próximos
dias serão celebrados os 70 anos do final da II Guerra Mundial. E
afirmou:
“Confio a Maria Rainha da Paz os votos de que a sociedade aprenda com
os erros do passado e que diante dos conflitos atuais que estão
dilacerando algumas regiões do mundo, todos os responsáveis civis se
empenhem na busca do bem comum e na promoção da cultura da paz.”
O Papa Francisco a todos deu a sua benção! (RS)
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