(RV) Neste
domingo dia 17 de maio serão canonizadas pelo Papa Francisco na Praça
de S. Pedro duas religiosas palestinianas. Presentes em Roma mais de
duas mil pessoas da Terra Santa que participarão na celebração. O grupo é
guiado pelo Patriarca Latino de Jerusalém, D. Fouad Twal. Também
estarão presentes na Praça de S. Pedro o presidente da Autoridade
Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas, e uma delegação israelita.
As religiosas palestinianas são a irmã Maria Alfonsina Danil Ghattas e
a irmã Maria de Jesus Crucificado Baouardy que serão proclamadas santas
pelo Papa Francisco juntamente com as beatas Giovanna Emilia De
Villeneuve e Maria Cristina da Imaculada Conceição.
A Irmã Maria Alfonsina Danil Ghattas fundou a Congregação das Irmãs
do Rosário de Jerusalém. Nasceu em 1843 e morreu 1927. A Irmã Maria de
Jesus Crucificado Baouardy, monja da Ordem dos Carmelitas Descalços,
nasceu em 1846 e faleceu em 1878.
Na conferência de imprensa de apresentação desta celebração, na
sexta-feira dia 15, esteve presente o Padre Rifat Bader, diretor do
Centro Católico para os Estudos e os Media de Amã na Jordânia, que falou
sobre o significado destas canonizações para toda a Terra Santa:
“Jesus Cristo veio nesta terra e nela os apóstolos viveram com Jesus.
Portanto, é normal ter novos santos. É realmente uma bênção de Deus
para todos os homens da Terra Santa. Para a Palestina é um ato de
encorajamento do Santo Padre para com essa terra que sofre, numa região
sempre em conflito. Esperamos que essa canonização possa ser um
incentivo de fé para os cristãos e um sinal de esperança para todos os
cidadãos”,
“São irmãs, consagradas, mas também cidadãs de uma terra que
historicamente se chama Palestina. Agora, Terra Santa significa também
dois povos. Nós árabes, palestinianos e jordanos, reconhecemos essas
duas santas como fruto da civilização árabe-cristã que está aqui há
muitos anos. É realmente uma esperança para os palestinianos porque eles
sofrem muito. Esta esperança, também com a presença do Presidente
Mahmoud Abbas, será mais um incentivo para os palestinianos a fim de que
possam ter o seu Estado independente. Esta não é uma festa política,
mas uma festa espiritual, de fé para os cristãos primeiramente, mas
também para todos os cidadãos para que tenham sempre aquela humildade e
simplicidade das duas santas, sem o uso da força e das armas.” (RS)
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