(RV) Depois da Divina Liturgia, o Papa voltou
então de carro para a Nunciatura, onde houve um almoço ecuménico
oferecido pelo Cathólicos e em que participaram Arcebispos e Bispos
arménios Apostólicos, católicos, e o séquito do Papa. Às 15.30 teve um
breve encontro com cerca de 100 delegados e bem-feitores da Igreja
Arménia Apostólica. Seguiu-se a assinatura da Declaração Comum, e a
partida ao Mosteiro de Khor Virap, última etapa da sua visita à
Arménia.
O Mosteiro fica na fronteira com a Turquia, no sopé do Monte Ararat. Khor
Virap significa literalmente “prisão em profundidade” . Inicialmente
esse sítio era uma cidadela fortificada, onde São Gregório Iluminador
foi emprisionado num poço profundo ao longo de 13 anos pelo rei Tiridate
III que perseguia os cristãos. Depois, atingido por uma grave doença,
acabou por ficar curado graças à intercessão de Gregório e converteu-se
então ao cristianismo com toda a sua família e proclamou a Arménia nação
cristã. Estava-se no ano 301 depois de Cristo.
No século V, um mosteiro foi edificado sobre essa prisão e foi
instituída uma Confraternidade. Nos séculos XII e XIII o Mosteiro,
dotado de seminário e um centro cultural, serviu de lugar de formação
de eminentes personalidades da vida religiosa e cultural da Arménia. A
Igreja construída sobre o posso/prisão de São Gregório (a 6 metros e
meio abaixo do nível do solo) é meta de peregrinações continuas de todo
o país. Devastado por um violento terramoto em 1679, o Mosteiro foi
reconstruído gradualmente e com muitos modificações e acrescentos, como
por exemplo, a Torre dos Sinos que é do século XIX. O Mosteiro forma
visitado pelo Papa João Paulo II a 27 de Setembro de 2001, na conclusão
da sua visita de três dias à Arménia.
A cerimónia em Khor Virap prevê a ascensão duma vela na sala Poço de
São Gregório, procissão até à capela adjacente, oração do Papa e do
Katholicos em italiano e arménio respectivamente, palavras de despedida e
libertação de duas pombas de paz, do terraço miradouro da Capela, em
direcção ao Monte Ararat.
(DA)
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