(RV) No segundo
dia da sua viagem à Arménia, o Papa Francisco visitou esta manhã o
Memorial Tsitzernakaberd , dedicado às vítimas do "Metz Yeghern", o
"Grand Mal", isto é, às vítimas do massacre da população arménia pelo
Império turco-otomano em 1915.
Este monumento construído na década de 1960 na era soviética,
tornou-se desde a independência da Arménia um símbolo de renascimento
nacional, e uma obrigação para todos os ilustres convidados hospedados
no país.
O Papa chegou ao local por volta das 8:30 horas, recebido como em
várias etapas desta viagem, pelo Presidente da República da Arménia e
pelo Catholicos Karekin II. O Santo Padre depositou uma coroa de flores
no momumento. Um grupo de crianças portava imagens dos mártires de 1915.
Diante da chama perpétua foi rezado o Pai Nosso.
Após a oração do Pai Nosso diante da “chama perpétua”, foram
proclamadas duas leituras: a primeira tirada do Livros dos Hebreus e a
segunda do Evangelho de João. No final, o Papa pronunciou a Oração de
intercessão:
Cristo, coroa os teus Santos e cumpre a vontade de teus fieis e olhas
com amor e doçura às tuas criaturas, escuta-nos dos céus da tua
santidade, por intercessão da Santa Mãe de Deus, pelas
súplicas de todos os teus santos,e daqueles de quem hoje é a memória.
Ouvi-nos, ó Senhor e tem piedade,Perdoai-nos, expia e perdoa os nossos
pecados. Faze-nos dignos para glorificar-te, com sentimentos de graças, junto ao Pai e ao Espírito Santo, agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.
O Santo Padre, o Catholicos e o Presidente arménio transferiram-se
então para a explanada do Museu do Memorial. Ao longo do percurso no
jardim, o Papa regou uma árvore, como gesto simbólico da visita.
Na explanada, o comovente encontro com cerca de dez descendentes de
perseguidos arménios, que na época foram salvos e acolhidos na
residência de verão dos Papas em Castel Gandolfo pelo Papa Pio XI.
Antes de despedir-se, o Papa Francisco assinou o Livro de Honra:
"Aqui rezo, com dor no coração, - escreveu o Papa – para que nunca
mais existam tragédias como essa, para que a humanidade não se esqueça e
saiba vencer o mal com o bem. Deus conceda ao amado povo armênio e ao
mundo inteiro a paz e a consolação. Que Deus guarde a memória do povo
armênio. A memória não deve ser diluída nem esquecido, a memória é fonte
de paz e de futuro. "
Do Mausoléu o Papa dirigiu-se ao Aeroporto de Yerevan para transferir-se a Gyumri onde celebrará a Missa na Praça Vartanàns.
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