(RV) O Papa recebeu hoje, 4 de Junho, na Sala
Clementina, no Vaticano, 170 participantes na Assembleia das Pontifícias
Obras Missionárias (POM, um encontro que recordou o Papa, calhou este
ano no centenário da fundação da Pontifícia União Missionária.
Foi, de facto, em 1916 que o Papa Bento XV aprovou essa União surgida
da mente do Beato Paolo Manna, sacerdote missionário do PIME,
Pontifício Instituto Missões Estrangeiras.
Em 1950, 40 anos depois, o Papa Pio XII qualificava a União de
“Pontifícia”. Obra que levou a Igreja a ter uma consciência cada vez
maior da sua natureza missionária e se consolidou com o Concilio
Vaticano II.
No discurso dirigido aos Directores Nacionais das POM e aos
Colaboradores da Congregação para a Evangelização dos Povos, Francisco
recordou que a tarefa da União Missionária é iluminar, dar ânimo, agir
organizando os sacerdotes com vista à missão. Mas isto não significa –
disse o Papa – reduzir tudo a uma realidade simplesmente clerical. Há
que envolver todos; fieis, pastores, casados e consagrados, Igreja
universal e Igrejas particulares, por forma a manter a Igreja sempre e
em todo o lado em estado de missão, que é, todavia, obra de Deus. “A
missão faz com que a Igreja se mantenha fiel à vontade de Deus” –
prosseguiu o Papa, exortando as POM a não se limitarem à recolha e
distribuição de ajudas económicas, pois que “o coração do vosso empenho”
– disse-lhes – é “um generoso trabalho de formação permanente à
missão”, no sentido de alimentar a identidade missionária da Igreja
inteira.
Francisco disse temer que as POM sejam perfeitamente organizativas,
como uma ONG, mas sem paixão, sem mística, a mística dos santos, e
disse-lhes: "sem a mística a vossa acção não é nada".
O Papa sublinhou também o facto de as igrejas particulares mais
jovens ajudas pelas POM poderem transmitir às mais antigas um novo vigor
na fé, a esperança cristã, mesmo no martírio, e encorajou as POM a
“servirem com grande amor as Igrejas que, graças ao martírio, nos dão
testemunho da forma como o Evangelho nos torna partícipes da vida de
Deus e o fazem por atracção e não por proselitismo”.
E neste Ano Santo da Misericórdia – concluiu Francisco – o ardor
missionário do Beato Paolo Manna continue a ajudar no entusiasmo, na
renovação, no repensar e no reformar o serviço das POM à Igreja.
(DA)
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