(RV) As vítimas
esperam que a injustiça “não tenha a última palavra”. Assim o Papa
Francisco dirigiu-se aos mais de cem participantes, entre Juízes e
Procuradores de diversas partes do mundo, reunidos na Casina Pio IV, no
Vaticano. Um encontro de alto nível importante, organizado pela
Pontifícia Academia das Ciências Sociais, que quer ajudar a combater a
criminalidade organizada e as formas de escravidão que derivam dela: do
tráfico de seres humanos à exploração da prostituição. Francisco pediu a
criação de “um movimento transversal” que envolva toda a sociedade e
que “os juízes assumam com total consciência tal desafio”.
A Cimeira que decorre de 3 a 4 de
Junho no Vaticano, conta com a presença de muitos juízes, procuradores
e magistrados de vários países. De salientar a presença de uma forte
delegação dos Estados Unidos , encabeçada pela responsável do
departamento de luta contra o tráfico dos Estado dos EUA, bem como a
participação da sueca Anna Skarhed, autora do modelo nórdico de luta
contra a prostituição que criminaliza os clientes, uma lei que teria
permitido reduzir para metade o número de prostitutas na Suécia.
Os italianos engajados na luta contra a máfia assim como os mexicanos
também, estrão representados ao mais alto nível. A realiação desta
Cimeira Internacional é fruto de um esforço de longo prazo da Santa Sé
para contribuir na luta contra o tráfico. Em 2014, a Academia reuniu os
líderes das principais religiões sobre o mesmo tema, em 2015, os
prefeitos das capitais e metrópoles das grandes cidades em vários
países.
Os dois dias de trabalho será concluído com a assinatura de uma
declaração. Os juízes devem comprometer-se a reforçar a sua
responsabilidade para com as pessoas, promovendo as melhores práticas e
propor legislação para proteger as vítimas e combater este fenómeno que
afecta mais de 40 milhões de pessoas.
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