(RV) Ao concluir a viagem apostólica à Arménia do
Papa Francisco, o Padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa
do Vaticano, fez, aos microfones da Rádio Vaticano, um balanço desta
décima quarta viagem apostólica de Francisco, dizendo os seguinte:
«Esta viagem teve três aspectos fundamentais que realmente
foram todos coroados de grande sucesso, se assim podemos dizer: o
encontro do Papa com o povo arménio que apreciou muitíssimo a
proximidade do Papa, a compreensão da sua História e da sua tradição
cristã. Alguns momentos fundamentais – o encontro no Palácio
presidencial e depois sobretudo a grande oração ecuménica na Praça de
Yerevan, que foi realmente uma coisa absolutamente excepcional, pois
que, uma manifestação religiosa, de oração num lugar público com todos
os representantes também da Nação, acredito que nunca se tinha assistido
a algo do género. Depois o aspeto ecuménico e portanto o acolhimento do
Catholicós da Igreja apostólica arménia que foi maravilhosa. O Papa
habitou na casa do Catholicós durante três dias e portanto foi realmente
um momento de encontro muito profundo e sincero. Houve também momentos
específicos de oração conjunta seja durante a visita à Catedral de S.
Gregório o Iluminador, logo à chegada, seja depois durante a celebração
da grande Divina Liturgia, durante a qual, vimos todo o esplendor desta
liturgia oriental, a sua espiritualidade profunda, o seu profundo
sentido de adoração do mistério eucarístico e portanto um verdadeiro
gosto ritual para todos aqueles que estavam à altura de entender o
significado dos cantos, das palavras e dos ritos.
E depois houve também, na conclusão da viagem, esta Declaração
conjunta que, grosso modo, sigilou mediante um documento, estes três
dias da visita apostólica. Também o tom dos discursos pronunciados, em
particular pelo Papa, foram de grandíssimo encorajamento ao ecumenismo,
ao diálogo e à união das intenções e a proceder também rumo a unidade
eucarística. Portanto direi que é um passo importante no caminho
ecuménico com esta Igreja oriental, um passo muito significativo, pois
que, práticamente, se identifica com a Nação Arménia. E também o
encorajamento aos católicos arménios que pertencem à uma comunidade
relativamente pequena, mas muito viva e bem inserida na vida do país e
que sentiram a presença do Pastor Universal e portanto tiveram a
oportunidade também de ter a sua visibilidade durante a santa Missa
celebrada na Praça a Gyumri: puderam mostrar ao Papa a sua atividade de
prática da caridade. Foi portanto uma grande festa, realmente, também
para os católicos arménios, seja para aqueles que estão presentes no
território da histórica pátria da Arménia, seja para aqueles que estão
na diáspora, que se sentem porém muito ligados à origem da sua Pátria
natal. Tantos arménios, de fato, tinham vindo de diversas partes do
mundo para esta ocasião, sejam eles membros da Igreja apostólica, seja
também da Igreja Católica; estavam presentes também todos os bispos
católicos, por exemplo, a concelebrar com o Papa.
Diria por conseguinte que todos estes aspetos foram plenamente
atingidos e podemos também dizer que a presença do Papa aqui, como
sempre, quis ser uma mensagem de paz para a região, esperando que isto
seja entendido e apreciado».
Neste sentido, o fato que o Papa tenha usado a palavra “genocídio”
causou uma onda de reacções: falou-se até de “mentalidade das cruzadas”,
por parte de elementos da Turquia.
«O que importa é a verdade das intenções do Papa, que
certamente não tinha intenções de provocar nenhuma guerra de religião,
mas simplesmente de colocar as premissas para uma futura plataforma de
reconhecimento dos sofrimentos do passado para que, no futuro, estes
sofrimentos ou falta de respeito para com a vida e para com os direitos
dos outros não aconteçam nunca mais. Esta é a intenção do Papa e nós nos
atemos a ela».
Sem comentários:
Enviar um comentário