(RV) O Papa Francisco visitou, na tarde deste sábado (18/06), a Vila Nazaré, em Roma.
A Vila Nazaré foi fundada, em 1946, pelo Cardeal Domenico Tardini,
com o objetivo de acolher órfãos e filhos de famílias numerosas e
pobres, a fim de valorizar a sua formação a serviço da sociedade.
Ao entrar na capela da estrutura, o Papa foi saudado pelo Cardeal
Achille Silvestrini, e pelos fiéis ali presentes. A seguir, foi feita a
leitura de um trecho do Evangelho de Lucas, a Parábola do Bom
Samaritano. Depois, o Papa proferiu algumas palavras.
“Na parábola, talvez nem o sacerdote, nem o doutor da lei, nem o
samaritano e nem o dono do albergue sabiam responder: Mas quem é o meu
próximo? Ou não sabiam quem fosse o próximo. O sacerdote estava
apressado, como todos os sacerdotes. O doutor da lei não quis se
envolver, mas o pecador, o estrangeiro, que não fazia parte do povo de
Deus se comoveu, teve compaixão e se aproximou do homem que estava
caído. Os três, o sacerdote, o doutor da lei e o samaritano sabiam bem o
que tinham de fazer, e cada um tomou a sua decisão”, disse o
pontífice.
O Papa frisou que "o nosso testemunho não pode ser contabilizado.
Testemunhar significa viver de tal maneira que os outros vejam as suas
obras e glorifiquem o Pai que está no Céu.”
“Eu ouvi falar da Vila Nazaré. Existe esta obra, mas eu não a
conhecia bem. Depois, Dom Celli me disse alguma coisa: É uma obra, um
trabalho onde se favorece o testemunho. Aqui se vem não para tirar
proveito, ganhar dinheiro, mas para seguir os caminhos de Jesus e
testemunhar Jesus, semear testemunho. No silêncio, sem explicações, com
os gestos, retomar à linguagem dos gestos.”
“Espero que esta obra continue sendo uma obra de testemunho, uma casa de
testemunho, de testemunho a todos. De testemunho às pessoas que se
aproximam ou que ouvem falar. Espero isso e que o Senhor nos liberte dos
assaltantes que são muitos! Nos liberte dos sacerdotes apressados, que
não têm tempo para ouvir, ver, porque tem de fazer as coisas, nos
liberte dos doutores que querem apresentar a fé de Jesus Cristo com uma
rigidez matemática e nos ensine a parar, nos ensine a sabedoria do
Evangelho: sujar as mãos. Que o Senhor nos dê esta graça”.
(MJ)
Sem comentários:
Enviar um comentário