Vigararia de Alenquer |
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Informação originada posteriormente, pelo Jornal "Voz da Verdade":
Informação originada posteriormente, pelo Jornal "Voz da Verdade":
A Constituição Sinodal de Lisboa foi a base de trabalho da Jornada Vicarial da Vigararia de Alenquer, no passado Domingo, 8 de janeiro. Em Arruda dos Vinhos, ouviu-se a partilha de três membros da Assembleia Sinodal, constatando-se o entusiasmo por “uma Igreja em caminho”, com um “destino à vista” e lançada “no caminho da evangelização”.
Passado precisamente um mês da publicação da Constituição Sinodal de
Lisboa, a Vigararia de Alenquer reuniu-se para a habitual Jornada
Vicarial, desta vez em Arruda dos Vinhos, e trabalhou alguns dos pontos
apresentados no documento pós-sinodal que foi apresentado, no passado
dia 8 de dezembro, no Mosteiro dos Jerónimos. A “dimensão celebrativa”
foi um dos temas explorados nesta Jornada Vicarial. No Auditório
Municipal de Arruda dos Vinhos, o padre Vítor Gonçalves, pároco de São
Domingos, em Lisboa, destacou, a partir do documento pós-sinodal, a
“dimensão celebrativa”, provavelmente “a mais visível do que estamos
habituados a ver, na vida da Igreja (o culto, a liturgia,
celebrações...)”. Ao Jornal VOZ DA VERDADE, este sacerdote referiu ainda
que, “quando se celebra, tem de se celebrar algo: celebrar a vida,
celebrar a vida de Deus connosco, a vida de nós uns com os outros. Isso
importa bem preparar, realizar e depois, saborear”, descreveu o padre
Vítor, que participou no Sínodo Diocesano, há mais de um mês, no
Turcifal. “A minha insistência foi em aspetos muito concretos da beleza
que é importante pôr em tudo o que fazemos, da espiritualidade que isso
deve transmitir, da importância de ser tudo muito dialogado, em equipa, e
não ficar ninguém sozinho a fazer todas as coisas. Aquilo que pode ser
feito por muitos, não deve ser feito por poucos”, frisou o sacerdote,
apontando para a “inclusão na comunidade”. “Não pode haver
super-especialistas... todos podemos contribuir com algo. É isso que
torna rica a ação de Cristo, porque a ação de Cristo não nos demite da
ação de cada um de nós”, salientou o padre Vítor Gonçalves.
Para este sacerdote, de 51 anos, a receção da Constituição Sinodal de Lisboa “começa agora a ser feita, após o tempo de Natal”. “Esta jornada foi um bom ensaio porque pôs as pessoas a trabalhar e a procurar concretizar, em diferentes dinâmicas, a renovação que a constituição sinodal também nos convoca”, salientou.
Destino à vista
Numa das zonas comuns do Externato João Alberto Faria, em Arruda dos Vinhos, a psicóloga Maria José Vilaça partilhou com dezenas de participantes o entusiasmo com “as concretizações” que se esperam alcançar, “nos projetos pastorais e nas comunidades”, após a publicação da Constituição Sinodal de Lisboa e regista o desejo de “respostas feitas”. “O que senti, nas conversas que fui tendo, foi o que senti hoje, neste debate sobre a dimensão profética: as pessoas a quererem confrontar-se com respostas feitas. Ficam, por isso, um pouco desiludidas por serem só linhas orientadoras, mas depois também percebem que isto é uma forma de respeitar a nossa liberdade. Isso é a essência da Igreja. É este o nosso caminho”, assegura. A presidente da Associação dos Psicólogos Católicos revela ao Jornal VOZ DA VERDADE ter encontrado, nesta Jornada Vicarial, “muita gente interessada, atenta e a perguntar muita coisa sobre o estado atual do relativismo, a secularização, a ideologia de género e o estado da família em Portugal”.
Para além do interesse das pessoas, nos exemplos de evangelização que já existem, tais como a ‘Missão País’, os grupos ‘Cristo na empresa’ (ACEGE - Associação Cristã de Empresários e Gestores), a partir das quais se “pode começar a pensar fazer coisas parecidas”, Maria José Vilaça aponta a “personalização da catequese” como um dos aspetos que pode surgir com o documento pós-sinodal. “Fugir do esquema da escolarização e encarar a catequese de uma forma personalizada, segundo o ritmo de amadurecimento de cada pessoa, independentemente da idade” é um dos pontos projetados por esta psicóloga. “O que sai destes encontros é a alegria de um caminho que está para fazer, em união. Temos um destino à vista e temos companhia!”, releva.
Igreja em caminho
“Não podemos calar o que vimos e ouvimos” assim justifica João Pedro Tavares a sua presença num dos debates sobre a Constituição Sinodal de Lisboa. Para o presidente da ACEGE, a participação na Assembleia Sinodal trouxe várias manifestações. “Vejo as pessoas a virem ter comigo e fazerem-me perguntas sobre como é que correu. ‘O que te marcou?’, ‘O que te surpreendeu?’ Há uma expectativa elevada. Sinto a Igreja à espera de sinais”, aponta ao Jornal VOZ DA VERDADE. No espaço onde habitualmente funciona a biblioteca do Externado João Adelino Faria, este gestor partilhou, a partir da Constituição Sinodal, diferentes formas de manifestação do “cuidado e serviço, amor ao próximo e a construção comunitária”. “Somos um povo de discípulos em missão. Temos que ter uma grande consciência de que somos batizados. Temos que nos afirmar porque somos batizados. Não ‘fui’ batizado, ‘sou’ batizado... É ‘presente’ e manifesta-se para o futuro”, realça. A partir da relação de “amor com Deus, amor e serviço ao próximo, sentimo-nos acompanhados por um Deus que é trinitário e que, por isso, é comunitário”, sublinha. “Não há outra maneira de viver enquanto cristão, se não for neste contexto comunitário. Foi o que tentei partilhar e, depois, como isso se aplica ao mundo do trabalho e das organizações”, explica João Pedro Tavares.
Desta intervenção, e também através da participação noutros fóruns de trabalho sobre a Constituição Sinodal, João Pedro Tavares revela que encontra “pessoas atentas, disponíveis, pessoas em paz, em busca da paz, em busca de formas diferentes de estar na sociedade e de olhar para o mundo”. Através da análise do documento, “com maior detalhe, como está a ser feito na ACEGE”, João Pedro encontra diferentes recetividades: “Houve pessoas que ficaram muito sensíveis à parte da missão, outras à do anúncio, à da família, ao tema dos deficientes. Há uma reação muito positiva! Temos uma Igreja em caminho, com uma expectativa muito elevada de que há um caminho que será mesmo feito e uma transformação por fazer”, conclui.
Para este sacerdote, de 51 anos, a receção da Constituição Sinodal de Lisboa “começa agora a ser feita, após o tempo de Natal”. “Esta jornada foi um bom ensaio porque pôs as pessoas a trabalhar e a procurar concretizar, em diferentes dinâmicas, a renovação que a constituição sinodal também nos convoca”, salientou.
Destino à vista
Numa das zonas comuns do Externato João Alberto Faria, em Arruda dos Vinhos, a psicóloga Maria José Vilaça partilhou com dezenas de participantes o entusiasmo com “as concretizações” que se esperam alcançar, “nos projetos pastorais e nas comunidades”, após a publicação da Constituição Sinodal de Lisboa e regista o desejo de “respostas feitas”. “O que senti, nas conversas que fui tendo, foi o que senti hoje, neste debate sobre a dimensão profética: as pessoas a quererem confrontar-se com respostas feitas. Ficam, por isso, um pouco desiludidas por serem só linhas orientadoras, mas depois também percebem que isto é uma forma de respeitar a nossa liberdade. Isso é a essência da Igreja. É este o nosso caminho”, assegura. A presidente da Associação dos Psicólogos Católicos revela ao Jornal VOZ DA VERDADE ter encontrado, nesta Jornada Vicarial, “muita gente interessada, atenta e a perguntar muita coisa sobre o estado atual do relativismo, a secularização, a ideologia de género e o estado da família em Portugal”.
Para além do interesse das pessoas, nos exemplos de evangelização que já existem, tais como a ‘Missão País’, os grupos ‘Cristo na empresa’ (ACEGE - Associação Cristã de Empresários e Gestores), a partir das quais se “pode começar a pensar fazer coisas parecidas”, Maria José Vilaça aponta a “personalização da catequese” como um dos aspetos que pode surgir com o documento pós-sinodal. “Fugir do esquema da escolarização e encarar a catequese de uma forma personalizada, segundo o ritmo de amadurecimento de cada pessoa, independentemente da idade” é um dos pontos projetados por esta psicóloga. “O que sai destes encontros é a alegria de um caminho que está para fazer, em união. Temos um destino à vista e temos companhia!”, releva.
Igreja em caminho
“Não podemos calar o que vimos e ouvimos” assim justifica João Pedro Tavares a sua presença num dos debates sobre a Constituição Sinodal de Lisboa. Para o presidente da ACEGE, a participação na Assembleia Sinodal trouxe várias manifestações. “Vejo as pessoas a virem ter comigo e fazerem-me perguntas sobre como é que correu. ‘O que te marcou?’, ‘O que te surpreendeu?’ Há uma expectativa elevada. Sinto a Igreja à espera de sinais”, aponta ao Jornal VOZ DA VERDADE. No espaço onde habitualmente funciona a biblioteca do Externado João Adelino Faria, este gestor partilhou, a partir da Constituição Sinodal, diferentes formas de manifestação do “cuidado e serviço, amor ao próximo e a construção comunitária”. “Somos um povo de discípulos em missão. Temos que ter uma grande consciência de que somos batizados. Temos que nos afirmar porque somos batizados. Não ‘fui’ batizado, ‘sou’ batizado... É ‘presente’ e manifesta-se para o futuro”, realça. A partir da relação de “amor com Deus, amor e serviço ao próximo, sentimo-nos acompanhados por um Deus que é trinitário e que, por isso, é comunitário”, sublinha. “Não há outra maneira de viver enquanto cristão, se não for neste contexto comunitário. Foi o que tentei partilhar e, depois, como isso se aplica ao mundo do trabalho e das organizações”, explica João Pedro Tavares.
Desta intervenção, e também através da participação noutros fóruns de trabalho sobre a Constituição Sinodal, João Pedro Tavares revela que encontra “pessoas atentas, disponíveis, pessoas em paz, em busca da paz, em busca de formas diferentes de estar na sociedade e de olhar para o mundo”. Através da análise do documento, “com maior detalhe, como está a ser feito na ACEGE”, João Pedro encontra diferentes recetividades: “Houve pessoas que ficaram muito sensíveis à parte da missão, outras à do anúncio, à da família, ao tema dos deficientes. Há uma reação muito positiva! Temos uma Igreja em caminho, com uma expectativa muito elevada de que há um caminho que será mesmo feito e uma transformação por fazer”, conclui.
- Leia a reportagem completa na edição do dia 15 de janeiro do Jornal VOZ DA VERDADE, disponível nas paróquias ou em sua casa.
- Disponível a Constituição Sinodal de Lisboa
A Constituição Sinodal de Lisboa encontra-se disponível gratuitamente, em formato pdf, através do site do Patriarcado de Lisboa, e em formato papel, com um custo de 1,5€, na Livraria Nova Terra, no Patriarcado de Lisboa.
O documento, assinado por D. Manuel Clemente, foi apresentado à diocese, no passado dia 8 de dezembro, no Mosteiro dos Jerónimos, e resulta da Assembleia Sinodal que decorreu entre 30 de novembro e 4 de dezembro de 2016, no Turcifal.
O documento, assinado por D. Manuel Clemente, foi apresentado à diocese, no passado dia 8 de dezembro, no Mosteiro dos Jerónimos, e resulta da Assembleia Sinodal que decorreu entre 30 de novembro e 4 de dezembro de 2016, no Turcifal.
Fonte: Patriarcado de Lisboa
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