(RV) O Papa Francisco presidiu hoje hoje, domingo, dia 15
de Janeiro, dia da Jornada Mundial dos Migrantes e Refugiados, às 12
horas de Roma, na Praça de S. Pedro repleta de fiéis e peregrinos
provenientes de diversas partes da Itália e do mundo, a cerimónia
mariana do Ângelus.
No centro do Evangelho de hoje, disse o Papa, está esta palavra de
João Baptista: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Uma
palavra acompanhada pelo olhar e pelo gesto da mão do Baptista que
indica o Cordeiro de Deus: Jesus.
João anuncia, disse ainda o Papa, que o reino dos céus está próximo,
que o Messias está para se manifestar e é preciso preparar-se,
converter-se e comportar-se com justiça. Ele sabia que o Messias, o
Consagrado do Senhor está próximo e o sinal para O reconhecer é que
sobre Ele há de descer e repousar o Espírito Santo; Ele de facto
realizará o verdadeiro baptismo, pois é Ele que baptiza no Espírito
Santo.
Jesus é o Messias, o Rei d’Israel, mas não com a potência deste
mundo, mas como o Cordeiro de Deus que carrega sobre si e tira o pecado
do mundo. Assim o indica João Baptista: eis o Cordeiro de Deus, que tira
o pecado do mundo!
E estas são palavras que nós sacerdotes repetimos todos os dias
durante a missa, quando apresentamos ao povo o pão e o vinho que se
tornaram no Corpo e o Sangue de Cristo. Este gesto litúrgico representa
toda a missão da Igreja, a qual não anuncia a si mesma. Ai, ai da Igreja
quando ela anuncia a si mesma, perde a bússola, não sabe para onde vai.
A Igreja anuncia Cristo, não leva consigo si mesma, mas Cristo. Pois,
só Cristo é que salva o seu povo do pecado, o liberta e o guia para a
terra da vida e da liberdade. Que a Virgem Maria, Mãe do Cordeiro de
Deus, nos ajude a acreditar n’Ele e a seguí-Lo.
Após a recitação da oração mariana do Ângelus, Francisco recordou aos
presentes que hoje se celebra a Jornada Mundial do Migrante e do
Refugiado, dedicado ao tema “Migrantes menores vulneráveis e sem voz”.
Estes nossos pequenos irmãos, se não são acompanhados, são expostos a
tantos perigos. E estes perigos são tantos. É necessário adoptar todas
as mediadas possíveis para garantir aos migrantes menores, protecção e
defesa, mas também a sua integração.
Finalmente, Francisco saudou todas as representações de diversas
comunidades étnicas congregadas na Praça de S. Pedro. Caros amigos,
disse, faço os meus votos para que possais viver serenamente nas
localidades que vos acolheram, respeitando as leis e as tradições das
comunidades que vos acolhem, e, ao mesmo tempo, preservando os valores
das vossas culturas de origem. O encontro entre várias culturas,
sublinhou o Santo Padre, é sempre um enriquecimento para todos.
E Francisco agradeceu a todos os presentes, à todos quantos se
dedicam a causa dos Migrantes e refugiados e de modo particular ao
Secretariado Migrantes da Diocese de Roma. A todos o Papa augurou um bom
domingo e um bom almoço. Ao mesmo tempo que pediu a todos que não
esqueçam de rezar por Ele.
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