(RV) O Papa
Francisco recebeu em audiência, neste sábado (21/01), os Juízes,
Funcionários, Advogados e Colaboradores do Tribunal da Rota Romana, para
a inauguração do Ano Judicial. No seu discurso o Papa falou da relação
entre fé e matrimónio e, em particular, das perspectivas de fé presentes
no contexto humano e cultural em que se forma a intenção matrimonial.
E, citando São JPII Francisco enfatizou que existe uma unidade profunda e
indissolúvel entre o conhecimento da razão e da fé", de tal maneira
que, quanto mais o ser humano se afasta da perspectiva da fé tanto mais
ele se expõe ao risco de falhar, acabando por se encontrar na condição
do “insensato”.
Também o Papa Bento XVI – prosseguiu o Papa - recordou que só quando nos abrimos à verdade de Deus podemos compreender e dar-nos conta, também na vida conjugal e familiar, da verdade do homem enquanto seu filho, regenerado pelo Baptismo, sublinhando a importância de aprofundar a relação entre amor e verdade:
“Se o amor não tem relação com a verdade, ele está sujeito à mudança dos sentimentos e não supera à prova do tempo. O amor verdadeiro, ao invés, unifica todos os elementos da nossa pessoa e se torna uma nova luz para uma vida grande e plena. Sem a verdade o amor não pode oferecer um vínculo sólido, não consegue levar o “eu” para além do seu isolamento, nem libertá-lo do instante fugaz para edificar a vida e dar frutos”.
Perante a mentalidade difusa em que a fé é enfraquecida e já não é critério interpretativo e operativo para a existência pessoal, familiar e social, Francisco propôs dois remédios: o primeiro, a formação dos jovens mediante um adequado caminho de preparação para redescobrir o matrimónio e a família segundo o plano de Deus. Trata-se de ajudar os futuros esposos a compreender e apreciar a graça, a beleza e a alegria do verdadeiro amor, salvado e redimido por Jesus, disse o Papa, reiterando que a comunidade cristã é chamada a anunciar cordialmente o Evangelho a estas pessoas, para que a sua experiência de amor se possa tornar um sacramento, sinal eficaz de salvação. E Francisco explica:
“É necessário, portanto, que os operadores e os organismos responsáveis pela pastoral familiar sejam animados por uma forte preocupação de tornar cada vez mais eficazes os itinerários de preparação ao sacramento do matrimónio, para o crescimento não apenas humano, mas sobretudo da fé dos noivos. E a finalidade fundamental dos encontros é de ajudar os noivos a realizar uma inserção progressiva no mistério de Cristo, na Igreja e com a Igreja”.
Daí, a necessidade de pessoas com competência específica e devidamente preparadas para tal serviço, numa oportuna sinergia entre sacerdotes e casais, disse ainda Francisco reiterando a necessidade de um "novo catecumenato", em preparação para o matrimónio para que tal preparação se torne parte integrante de todo o processo sacramental do matrimónio, o que servirá de antídoto para impedir a multiplicação de celebrações matrimoniais nulas ou inconsistentes.
O segundo remédio indicado por Francisco é ajudar os recém-casados a continuar o caminho na fé e na Igreja, mesmo depois da celebração do matrimónio. Será necessário – sublinha Francisco - identificar com coragem e criatividade, um projecto de formação para os jovens casais, com iniciativas destinadas a aumentar a consciência do sacramento recebido. E a comunidade cristã é chamada a acolher, acompanhar e ajudar os jovens casais, oferecendo-lhes ocasiões e instrumentos adequados para cuidarem da sua vida espiritual, tanto na vida familiar, como na programação pastoral da paróquia ou nas agregações.
E Francisco exorta os párocos a serem cada vez mais conscientes da delicada tarefa que lhes é confiada na gestão do percurso sacramental do matrimónio dos futuros esposos, passando de uma visão puramente jurídica e formal da preparação dos futuros esposos, a uma fundação sacramental já a partir do início. “Isso vai exigir a contribuição generosa de cristãos adultos, homens e mulheres, que se coloquem ao lado do sacerdote na pastoral familiar para construir a "obra-prima da sociedade, a família, o homem e a mulher que se amam, o plano luminosos de Deus” – ressaltou o Papa.
Que o Espírito Santo assista e sustente a todos os que, sacerdotes leigos, se empenham e se empenharão neste campo para que nunca percam o impulso e a coragem de trabalhar para a beleza das famílias cristãs, apesar das insídias ruinosas da cultura dominante do efémero e do provisório.
Como tenho dito várias vezes, precisa muita coragem para se casar no tempo em que vivemos. E aqueles que têm a força e a alegria de fazer este passo importante devem sentir ao seu lado o afecto e a proximidade concreta da Igreja – concluiu Francisco.
Também o Papa Bento XVI – prosseguiu o Papa - recordou que só quando nos abrimos à verdade de Deus podemos compreender e dar-nos conta, também na vida conjugal e familiar, da verdade do homem enquanto seu filho, regenerado pelo Baptismo, sublinhando a importância de aprofundar a relação entre amor e verdade:
“Se o amor não tem relação com a verdade, ele está sujeito à mudança dos sentimentos e não supera à prova do tempo. O amor verdadeiro, ao invés, unifica todos os elementos da nossa pessoa e se torna uma nova luz para uma vida grande e plena. Sem a verdade o amor não pode oferecer um vínculo sólido, não consegue levar o “eu” para além do seu isolamento, nem libertá-lo do instante fugaz para edificar a vida e dar frutos”.
Perante a mentalidade difusa em que a fé é enfraquecida e já não é critério interpretativo e operativo para a existência pessoal, familiar e social, Francisco propôs dois remédios: o primeiro, a formação dos jovens mediante um adequado caminho de preparação para redescobrir o matrimónio e a família segundo o plano de Deus. Trata-se de ajudar os futuros esposos a compreender e apreciar a graça, a beleza e a alegria do verdadeiro amor, salvado e redimido por Jesus, disse o Papa, reiterando que a comunidade cristã é chamada a anunciar cordialmente o Evangelho a estas pessoas, para que a sua experiência de amor se possa tornar um sacramento, sinal eficaz de salvação. E Francisco explica:
“É necessário, portanto, que os operadores e os organismos responsáveis pela pastoral familiar sejam animados por uma forte preocupação de tornar cada vez mais eficazes os itinerários de preparação ao sacramento do matrimónio, para o crescimento não apenas humano, mas sobretudo da fé dos noivos. E a finalidade fundamental dos encontros é de ajudar os noivos a realizar uma inserção progressiva no mistério de Cristo, na Igreja e com a Igreja”.
Daí, a necessidade de pessoas com competência específica e devidamente preparadas para tal serviço, numa oportuna sinergia entre sacerdotes e casais, disse ainda Francisco reiterando a necessidade de um "novo catecumenato", em preparação para o matrimónio para que tal preparação se torne parte integrante de todo o processo sacramental do matrimónio, o que servirá de antídoto para impedir a multiplicação de celebrações matrimoniais nulas ou inconsistentes.
O segundo remédio indicado por Francisco é ajudar os recém-casados a continuar o caminho na fé e na Igreja, mesmo depois da celebração do matrimónio. Será necessário – sublinha Francisco - identificar com coragem e criatividade, um projecto de formação para os jovens casais, com iniciativas destinadas a aumentar a consciência do sacramento recebido. E a comunidade cristã é chamada a acolher, acompanhar e ajudar os jovens casais, oferecendo-lhes ocasiões e instrumentos adequados para cuidarem da sua vida espiritual, tanto na vida familiar, como na programação pastoral da paróquia ou nas agregações.
E Francisco exorta os párocos a serem cada vez mais conscientes da delicada tarefa que lhes é confiada na gestão do percurso sacramental do matrimónio dos futuros esposos, passando de uma visão puramente jurídica e formal da preparação dos futuros esposos, a uma fundação sacramental já a partir do início. “Isso vai exigir a contribuição generosa de cristãos adultos, homens e mulheres, que se coloquem ao lado do sacerdote na pastoral familiar para construir a "obra-prima da sociedade, a família, o homem e a mulher que se amam, o plano luminosos de Deus” – ressaltou o Papa.
Que o Espírito Santo assista e sustente a todos os que, sacerdotes leigos, se empenham e se empenharão neste campo para que nunca percam o impulso e a coragem de trabalhar para a beleza das famílias cristãs, apesar das insídias ruinosas da cultura dominante do efémero e do provisório.
Como tenho dito várias vezes, precisa muita coragem para se casar no tempo em que vivemos. E aqueles que têm a força e a alegria de fazer este passo importante devem sentir ao seu lado o afecto e a proximidade concreta da Igreja – concluiu Francisco.
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