(RV) Quarta-feira,
3 de agosto, audiência geral com o Papa na Sala Paulo VI. Neste
reinício das audiências com o Santo Padre, após a pausa do mês de julho,
Francisco falou sobre a sua Viagem Apostólica à Polónia que decorreu de
27 a 31 de julho.
Segundo o Papa o motivo principal da sua recente Viagem Apostólica
foi a celebração da Jornada Mundial da Juventude, que ofereceu um sinal
de fraternidade e de paz à Polónia, à Europa e ao mundo.
Francisco referiu que em Cracóvia os jovens deram resposta aos
desafios de hoje, mandando um sinal de esperança; “e este sinal chama-se
fraternidade”.
Uma imagem emblemática da JMJ – disse o Papa – foi a vastidão
multicolor de bandeiras esvoaçando ao vento pelas mãos dos jovens, vendo
lado a lado estandartes até de povos em conflito: na JMJ, as bandeiras
das nações tornam-se mais belas; de certo modo «purificam-se» - afirmou.
Com os jovens, deixamo-nos conquistar, envolver e habitar pela
misericórdia de Deus, comprometendo-nos a fazê-la frutificar em obras
espirituais e corporais a favor de nossos irmãos e irmãs carentes e
atribulados. “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia” – declarou o Santo Padre.
Francisco recordou também a sua visita ao Santuário de Częstochowa
tendo afirmado que “a Polónia recorda a toda a Europa que não pode haver
futuro para o continente sem os seus valores fundantes, os quais por
sua vez têm no centro a visão cristã do homem. Entre estes valores está a
misericórdia da qual foram especiais apóstolos dois grandes filhos da
terra polaca: santa Faustina Kowalska e S. João Paulo II”.
Na visita ao campo de extermínio de Auschwitz–Birkenau, o Santo Padre
afirmou ter sentido a misericórdia de Deus que algumas pessoas santas
souberam levar mesmo àquele abismo. “Naquele grande silêncio, rezei por
todas as vítimas da violência e da guerra e compreendi melhor o valor da
memória, não só como recordação do passado, mas também e sobretudo com
advertência para o presente e o futuro a fim de que a semente do ódio e
da violência não germine e lance raízes nos sulcos da história. Mas
germine a misericórdia no coração da humanidade inteira” – disse o Papa.
O Papa Francisco saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, em particular
os fiéis do Rio de Janeiro e as Irmãs de Santa Marcelina, desejando-vos
o dom daquele olhar de Nossa Senhora que tive pousado sobre mim em
Częstochowa: Ela conforta todos aqueles que estão na provação e mantém
aberto o horizonte da esperança. Enquanto vos entrego, a vós e às vossas
famílias à sua proteção, invoco sobre todos a Bênção de Deus.”
No final da audiência geral destaque para uma mensagem do Papa
dirigida ao povo brasileiro por ocasião das Olimpíadas do Rio de
Janeiro:
“Queria agora dirigir uma saudação afetuosa ao povo brasileiro, em
particular à cidade do Rio de Janeiro, que acolhe atletas e torcedores
do mundo inteiro por ocasião das Olimpíadas. Diante de um mundo que está
sedento de paz, tolerância e reconciliação, faço votos de que o
espírito dos Jogos Olímpicos possa inspirar a todos, participantes e
espectadores, a combater o bom combate e a terminar juntos a corrida
(cf. 2 Tm 4, 7-8), almejando alcançar como prêmio não uma medalha, mas
algo muito mais valioso: a realização de uma civilização onde reine a
solidariedade, fundada no reconhecimento de que todos somos membros de
uma única família humana, independentemente das diferenças de cultura,
cor da pele ou religião. E aos brasileiros, que com sua característica
alegria e hospitalidade organizam a Festa do Esporte, desejo que esta
seja uma oportunidade para superar os momentos difíceis e comprometer-se
a “trabalhar em equipe” para a construção de um país mais justo e mais
seguro, apostando num futuro cheio de esperança e alegria! Que Deus
abençoe a todos!”
O Papa Francisco a todos deu a sua benção!
(RS)
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