Na última
semana, incêndios castigaram a Ilha da Madeira em Portugal. Os incêndios
começaram em São Roque, em Funchal, e alastraram-se para outras áreas,
provocando mortes e mais de mil desalojados
Na última semana, incêndios castigaram a Ilha da Madeira em Portugal.
Os incêndios começaram em São Roque, em Funchal, e alastraram-se para
outras áreas, provocando mortes e deixando cerca de mil desabrigados.
Mais de duzentos imóveis foram destruídos ou atingidos e há vários
outros danos materiais.
A cidade de Funchal celebrou, nesta segunda-feira (15/08), a festa de
Nossa Senhora do Monte, padroeira da diocese madeirense, sem nenhuma
“animação exterior” como sinal de luto pelas vítimas dos recentes
incêndios na ilha.
O Papa Francisco mostrou-se “consternado” com os incêndios que
atingiram Funchal, provocando vítimas mortais e elevados danos materiais
na capital da Madeira. Por isso, enviou uma mensagem transmitida na
festa de Nossa Senhora do Monte, padroeira de Funchal. O texto foi
enviado pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, em nome do
Papa, ao Bispo de Funchal, Dom António Carrilho.
No telegrama, o Papa se diz “consternado pela triste notícia dos
terríveis incêndios na ilha da Madeira” e pede ao bispo para “que
transmita às famílias das vítimas as suas condolências e sua
participação na dor de todos os enlutados, bem como a sua solidariedade e
proximidade espiritual aos que perderam os seus lares”.
Francisco pede “conforto e restabelecimento para os feridos” com
votos de “coragem e consolação da esperança cristã” para todos os que
foram atingidos pela “tragédia”, com uma recordação especial e sua
bênção a “todos aqueles que trabalham para combater os incêndios”.
“As graves consequências dos incêndios que nestes últimos dias
assolaram a nossa ilha, sobretudo a cidade de Funchal, provocando
vítimas mortais, vários feridos e elevadas perdas materiais, impõem um
momento de recolhimento e oração em sinal de comunhão com todas as
pessoas atingidas”, refere o pároco de Nossa Senhora do Monte, Pe.
Giselo Andrade, em comunicado.
A nota, divulgada pela página da Diocese de Funchal na internet,
justifica assim a decisão de “cancelar a animação exterior tradicional
da festa do Monte”, mantendo as celebrações litúrgicas.
Na homilia da Eucaristia solene desta celebração, Dom António
Carrilho recordou “a vaga de incêndios dos últimos dias e as suas
dolorosas consequências”.
“Não podemos deixar de lembrar os que morreram e manifestar a mais
profunda solidariedade aos que, de algum modo, sofreram momentos de
grande angústia e aflição, em especial os que perderam as suas casas e
todos os seus bens”, declarou o Bispo de Funchal.
O responsável católico elogiou ainda os “gestos de solidariedade” que
se multiplicaram nestes dias e todo o apoio prestado por tantas
instituições às vítimas desta tragédia.
“Jamais esqueceremos, ainda, a capacidade de reagir, por parte de
muitos, perante situações inesperadas e tão difíceis, com a força e a
coragem de querer começar a olhar em frente e projetar o futuro”,
prosseguiu.
Dom António Carrilho encerrou a sua intervenção com uma oração à
Virgem Maria, pedindo pelos que “mais precisam de ajuda, ânimo e força
para refazer as suas vidas e construir o futuro”.
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(VM/Agência Ecclesia)
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