26 agosto, 2016

Bombeiros do Vaticano participam no salvamento de uma criança



(RV) Fazemos de tudo para fazer sentir a proximidade do Papa Francisco às populações atingidas pelo sismo. Assim se exprime o geómetra, Orlando Latini, coordenador da equipa dos seis Bombeiros da Cidade do Vaticano, enviados quarta-feira para Amatrice, a localidade mais devastada pelo terramoto que abalou no dia 24 a Itália central. Uma proximidade, a do Papa, que se torna concreta, não só no trabalho contínuo para salvar todas as vidas possíveis, mas também para dar apoio moral às pessoas desesperadas. Quarta-feira, participaram no salvamento de uma criança de três anos, na zona de Amatrice. Infelizmente, ambos os pais e a irmãzinha dessa criança não se sobreviveram.

A colega italiana, Debora Donnini entrevistou Oralando Latini, segundo o qual, “com base em informações fornecidas pelo tio da criança – irmão do pai que faleceu – foram ao local e começaram a procurar. Foi uma intervenção complicada que durou das 17.15 às 21.40. Eram mais de 40 bombeiros empenhados ali. Houve satisfação da parte de todos. E isso deu-nos a força para continuar o nosso trabalho, pois que a esperança nas primeiras horas de socorro, é grande”.

- Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro, lê-se no Talmud. Salvar vidas humanas é um aspecto central do vosso trabalho…

Certo, nós fazemos de tudo para salvar vidas humanas. Todo o nosso trabalho vai neste sentido. Por isso, mesmo quando há apenas uma pequena possibilidade, nós a percorremos até ao fundo. Vamos sem medo, fazemos ver que somos valorosos, mas não é assim. Somos levados apenas pela vontade de salvar vidas humanas. Esta é a grande força e creio que é a maior força de qualquer bombeiro. Nos pomos à disposição, arriscamos a nossa vida para procurar salvar nem que seja uma única vida humana.”

- Hoje continuais a procurar vidas entre os escombros? Espera-se ainda encontrar pessoas vivas?

Sim, sim! Enquanto estivermos aqui trabalhamos com o intento de encontrar e salvar pessoas. Enquanto houver esperança, devemos continuar a procurar.”

- Vocês levaram a carícia do Papa Francisco a essas populações. Tivestes a oportunidade de falar com as pessoas, o que dizem?

Encontramos pessoas chocadas, obviamente, pessoas que choram, mães, pais, famílias desesperadas… Nesses casos podemos fazer pouco. Manifestamos, obviamente, a nossa proximidade, procurando através da nossa presença, dar um pequeno apoio moral. Nós fazemos de tudo para fazer sentir a proximidade do Papa às populações atingidas pelo terramoto”.

- Levastes terços e imagens benzidas pelo Papa. Tiveste a oportunidade de os dar aos sacerdotes para que os dêem às pessoas?

Sim, claro. Uma das primeiras indicações que recebemos do Santo Padre era a de dar apoio moral. Durante os poucos momentos de repouso, não nos repousamos, vamos ter com os sacerdotes, procuramos as pessoas e damos os terços e as imagens benzidas…”

(DA)

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