(RV) Fazemos
de tudo para fazer sentir a proximidade do Papa Francisco às populações
atingidas pelo sismo. Assim se exprime o geómetra, Orlando Latini,
coordenador da equipa dos seis Bombeiros da Cidade do Vaticano, enviados
quarta-feira para Amatrice, a localidade mais devastada pelo terramoto
que abalou no dia 24 a Itália central. Uma proximidade, a do Papa, que
se torna concreta, não só no trabalho contínuo para salvar todas as
vidas possíveis, mas também para dar apoio moral às pessoas
desesperadas. Quarta-feira, participaram no salvamento de uma criança de
três anos, na zona de Amatrice. Infelizmente, ambos os pais e a
irmãzinha dessa criança não se sobreviveram.
A colega italiana, Debora Donnini entrevistou Oralando Latini, segundo o qual, “com
base em informações fornecidas pelo tio da criança – irmão do pai que
faleceu – foram ao local e começaram a procurar. Foi uma intervenção
complicada que durou das 17.15 às 21.40. Eram mais de 40 bombeiros
empenhados ali. Houve satisfação da parte de todos. E isso deu-nos a
força para continuar o nosso trabalho, pois que a esperança nas
primeiras horas de socorro, é grande”.
- Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro, lê-se no Talmud. Salvar vidas humanas é um aspecto central do vosso trabalho…
“Certo, nós fazemos de tudo para salvar vidas humanas. Todo o
nosso trabalho vai neste sentido. Por isso, mesmo quando há apenas uma
pequena possibilidade, nós a percorremos até ao fundo. Vamos sem medo,
fazemos ver que somos valorosos, mas não é assim. Somos levados apenas
pela vontade de salvar vidas humanas. Esta é a grande força e creio que é
a maior força de qualquer bombeiro. Nos pomos à disposição, arriscamos a
nossa vida para procurar salvar nem que seja uma única vida humana.”
- Hoje continuais a procurar vidas entre os escombros? Espera-se ainda encontrar pessoas vivas?
“Sim, sim! Enquanto estivermos aqui trabalhamos com o intento
de encontrar e salvar pessoas. Enquanto houver esperança, devemos
continuar a procurar.”
- Vocês levaram a carícia do Papa Francisco a essas populações. Tivestes a oportunidade de falar com as pessoas, o que dizem?
“Encontramos pessoas chocadas, obviamente, pessoas que
choram, mães, pais, famílias desesperadas… Nesses casos podemos fazer
pouco. Manifestamos, obviamente, a nossa proximidade, procurando através
da nossa presença, dar um pequeno apoio moral. Nós fazemos de tudo para
fazer sentir a proximidade do Papa às populações atingidas pelo
terramoto”.
- Levastes terços e imagens benzidas pelo Papa. Tiveste a oportunidade de os dar aos sacerdotes para que os dêem às pessoas?
“Sim, claro. Uma das primeiras indicações que recebemos do
Santo Padre era a de dar apoio moral. Durante os poucos momentos de
repouso, não nos repousamos, vamos ter com os sacerdotes, procuramos as
pessoas e damos os terços e as imagens benzidas…”
(DA)
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