(RV) Quarta-feira,
10 de agosto – numa Sala Paulo VI repleta de fiéis o Papa Francisco
tomou como estímulo da sua catequese a leitura do Evangelho de S. Lucas,
capítulo 7, versículos 12 a 16 que nos narra a ressurreição do filho da
viúva de Naim.
Em particular, o Santo Padre sublinhou a atitude de ternura e
compaixão que Jesus demonstra por aquela pobre mulher, que perdera o
marido e agora viu o seu filho morrer e está prestes a enterra-lo.
Segundo Francisco esta atitude é mais importante que o milagre grandioso
que ele realiza.
Neste encontro que tem lugar na porta da cidade de Naim, a viúva que
vivia uma situação marcada pela morte, tem a vida transformada por Jesus
compassivo, portador de vida. Este episódio pode, assim, servir de
inspiração para todos os que atravessam a Porta Santa da Misericórdia
durante este Jubileu – afrimou o Papa Francisco:
“Durante este Jubileu, seria uma coisa boa que, no passar a Porta
Santa, a Porta da Misericórdia, os peregrinos recordassem este episódio
do Evangelho, acontecido sob a porta de Naim. Quando Jesus vê aquela mãe
em lágrimas, ela entrou no seu coração! Na Porta Santa cada um chega
levando a própria vida, com as suas alegrias e os seus sofrimentos, os
projetos e falências, as dúvidas e temores, para apresenta-la à
misericórdia do Senhor. Estejamos seguros que, junto à Porta Santa, o
Senhor faz-se próximo para encontrar cada um de nós, para trazer e
oferecer a sua poderosa palavra consoladora: “Não chores”. “
“Esta é a Porta do encontro entre a dor da humanidade e a compaixão
de Deus. Passando-a nós cumprimos a nossa peregrinação na misericórdia
de Deus que, como ao rapaz morto, repete a todos: “Levanta-te”. A
palavra poderosa de Jesus pode fazer-nos reerguer e operar também em nós
a passagem da morte à vida. A sua palavra faz-nos reviver, dá
esperança, tranquiliza os corações cansados, abre a uma visão do mundo e
da vida que vai para além do sofrimento e da morte.”
No final da sua catequese Francisco salientou que este Jubileu deve
ser vivido em todas as Igrejas particulares do mundo e não só em Roma e
sublinhou ainda que Jesus é a “verdadeira Porta” que conduz à salvação e
a uma vida nova plena de “obras de misericórdia”.
O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Dirijo uma saudação cordial aos peregrinos de língua portuguesa, em
particular aos fiéis de Portugal e do Brasil. Queridos amigos, a
experiência da compaixão misericordiosa de Deus nos deve impelir a levar
os outros ao encontro com Jesus que espera a cada homem e mulher nas
Portas da Misericórdia espalhadas por todas as Igrejas particulares do
mundo. Que Deus vos abençoe!”
O Papa Francisco a todos deu a sua benção!
(RS)
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