(RV) Outubro próximo, jovens do mundo inteiro que vão
partilhar experiências sobre a tecnologia, a política, a economia e a
cultura. Na base dos debates estarão os Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável, promovidos pela ONU, em particular nos itens n°4 (instrução
de qualidade) e n°8 (trabalho digno e crescimento económico).
Neste último ponto, isto é, sobre o trabalho digno e crescimento
económico, os participantes se debruçarão sobre o tema "criar medidas
imediatas e eficazes para erradicar o trabalho forçado; erradicação da
escravatura moderna e tráfico de seres humanos; proibição e eliminação
das piores formas de trabalho infantil, incluindo o recrutamento de
crianças-soldado; e até 2025 erradicar o trabalho infantil em todas as
suas formas”.
Os pedidos de inscrição podem ser apresentados até 30 de Agosto
por e-mail. Participarão cerca de 50 jovens de todo o mundo, entre 18 e
30 anos de idade. Durante o encontro, os participantes irão apresentar
projetos e iniciativas. Dois projetos serão escolhidos como a melhor
expressão do evento e serão promovidos pela Pontifícia Academia das
Ciências Sociais na Conferência da COP22.
Em 2017, esta iniciativa da Pontifícia Academia das Ciências será
repetida com o objetivo de estudar e avaliar o resultado e as
consequências desta primeira reunião.
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável é um programa de
ação assinado em Setembro de 2015 pelos governos dos 193 países membros
da ONU. Ela engloba 17 metas para o Desenvolvimento Sustentável do
Milénio num programa de ação com um total de 169 metas ou objetivos. Os
países se comprometeram a atingir as metas até 2030.
Os Objetivos de Desenvolvimento Suetentável dão continuidade aos
Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, que os precederam e são metas
comuns que incluem um conjunto de questões importantes para o
desenvolvimento: a luta contra a pobreza, a eliminação da fome e combate
às mudanças climáticas, para citar apenas algumas.
"Objetivos comuns" significa que eles se aplicam a todos os países e a
todos os indivíduos: ninguém está excluído, nem deve ser deixado para
trás ao longo do caminho, é necessário levar o mundo nesse caminho
sustentável.
Bispos da Oceania: salvaguarda da Criação, um dever de todos
Port Moresby - O Comité Executivo da Federação das Conferências
Episcopais Católicas da Oceânia reuniu-se estes dias em Port Moresby,
capital de Papua Nova Guiné, para o seu encontro anual. No centro dos
trabalhos, a salvaguarda da Criação, na ótica de um mundo visto “não
como um mercado global, mas como uma casa universal”.
“Um uso responsável do ambiente e dos recursos é um dever e uma
tarefa para todos”, afirmam os bispos evocando também a necessidade de
um desenvolvimento sustentável para as famílias, o turismo, a
agricultura e a pesca. Para este último setor, em particular, os bispos
pedem às autoridades que não permitam a sociedades estrangeiras praticar
na Oceânia atividades “ilegais em seus países”, porque “o mar é um
tesouro para todos e jamais deve tornar-se um ‘um parque de diversões’
para a exploração”.
Em seguida, o encontro reservou uma atenção particular para as
populações da Papua Ocidental, que há anos aspiram a independência, em
conflito com as autoridades indonésias.
“Elas buscam aquilo que busca toda a família e cultura: o respeito pela dignidade pessoal e comunitária”, ressaltam os bispos.
O problema da marginalização dessas populações remonta aos anos que
vão de 1965 a 1998, sob a ditadura do presidente indonésio Suharto,
durante a qual o reposicionamento das populações mais pobres era feito
com o objetivo de acalmar eventuais ventos independentistas da região.
Por fim, olhando para a repercussão, a nível internacional, da
investigação feita pelo diário britânico “The Guardian”, que revelou
abusos e violências perpetradas nos campos de refugiados de Nauru, os
prelados da Oceânia afirmam: “A insensibilidade jamais pode ser uma
resposta apropriada para uma tragédia humana. Temos confiança de que as
autoridades australianas ajam rapidamente no sentido de implementar um
plano humanitário para a reabilitação” dos refugiados.
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