23 agosto, 2016

Jovens do mundo inteiro discutem desenvolvimento no Vaticano



(RV) Outubro próximo, jovens do mundo inteiro que vão partilhar experiências sobre a tecnologia, a política, a economia e a cultura.  Na base dos debates estarão os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, promovidos pela ONU, em particular nos itens n°4 (instrução de qualidade) e n°8 (trabalho digno e crescimento económico).

 Neste último ponto, isto é, sobre o trabalho digno e crescimento económico, os participantes se debruçarão sobre o tema "criar medidas imediatas e eficazes para erradicar o trabalho forçado; erradicação da escravatura moderna e tráfico de seres humanos; proibição e eliminação das piores formas de trabalho infantil, incluindo o recrutamento de crianças-soldado; e até 2025 erradicar o trabalho infantil em todas as suas formas”.

Os pedidos de inscrição podem ser apresentados até 30 de Agosto por e-mail. Participarão cerca de 50 jovens de todo o mundo, entre 18 e 30 anos de idade. Durante o encontro, os participantes irão apresentar projetos e iniciativas. Dois projetos serão escolhidos como a melhor expressão do evento e serão promovidos pela Pontifícia Academia das Ciências Sociais na Conferência da COP22.

Em 2017, esta iniciativa da Pontifícia Academia das Ciências será repetida com o objetivo de estudar e avaliar o resultado e as consequências desta primeira reunião.
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável é um programa de ação assinado em Setembro de 2015 pelos governos dos 193 países membros da ONU. Ela engloba 17 metas para o Desenvolvimento Sustentável do Milénio num programa de ação com um total de 169 metas ou objetivos. Os países se comprometeram a atingir as metas até 2030.

Os Objetivos de Desenvolvimento Suetentável dão continuidade aos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, que os precederam e são metas comuns que incluem um conjunto de questões importantes para o desenvolvimento: a luta contra a pobreza, a eliminação da fome e combate às mudanças climáticas, para citar apenas algumas.

"Objetivos comuns" significa que eles se aplicam a todos os países e a todos os indivíduos: ninguém está excluído, nem deve ser deixado para trás ao longo do caminho, é necessário levar o mundo nesse caminho sustentável.


Bispos da Oceania: salvaguarda da Criação, um dever de todos
Port Moresby - O Comité Executivo da Federação das Conferências Episcopais Católicas da Oceânia reuniu-se estes dias em Port Moresby, capital de Papua Nova Guiné, para o seu encontro anual. No centro dos trabalhos, a salvaguarda da Criação, na ótica de um mundo visto “não como um mercado global, mas como uma casa universal”.

 “Um uso responsável do ambiente e dos recursos é um dever e uma tarefa para todos”, afirmam os bispos evocando também a necessidade de um desenvolvimento sustentável para as famílias, o turismo, a agricultura e a pesca. Para este último setor, em particular, os bispos pedem às autoridades que não permitam a sociedades estrangeiras praticar na Oceânia atividades “ilegais em seus países”, porque “o mar é um tesouro para todos e jamais deve tornar-se um ‘um parque de diversões’ para a exploração”.

Em seguida, o encontro reservou uma atenção particular para as populações da Papua Ocidental, que há anos aspiram a independência, em conflito com as autoridades indonésias.
“Elas buscam aquilo que busca toda a família e cultura: o respeito pela dignidade pessoal e comunitária”, ressaltam os bispos.
O problema da marginalização dessas populações remonta aos anos que vão de 1965 a 1998, sob a ditadura do presidente indonésio Suharto, durante a qual o reposicionamento das populações mais pobres era feito com o objetivo de acalmar eventuais ventos independentistas da região.

Por fim, olhando para a repercussão, a nível internacional, da investigação feita pelo diário britânico “The Guardian”, que revelou abusos e violências perpetradas nos campos de refugiados de Nauru, os prelados da Oceânia afirmam: “A insensibilidade jamais pode ser uma resposta apropriada para uma tragédia humana. Temos confiança de que as autoridades australianas ajam rapidamente no sentido de implementar um plano humanitário para a reabilitação” dos refugiados.

Sem comentários:

Enviar um comentário