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Diante da complexidade da situação social e cultural, a Igreja realiza uma "revolução pastoral”, afirmou o arcebispo Vincenzo Paglia no encontro sobre a família realizado em Assis.
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Diante da complexidade da situação social e cultural, a Igreja realiza uma "revolução pastoral”, afirmou o arcebispo Vincenzo Paglia no encontro sobre a família realizado em Assis.
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Cidade do Vaticano
“A Família, primeira comunidade cristã, escola de vida e de fé dos
jovens” é o tema do Simpósio da Associação Nacional Párocos e Vigários
Paroquiais da Itália e Albânia da Ordem dos Frades Menores, realizado
esta terça-feira, 06/02, na cidade de Assis.
“A família é desejada, mas é frágil. À crescente necessidade de
ligações significativas para a vida, corresponde uma dificuldade das
pessoas de ligarem-se entre si. Parece que homens e mulheres tornaram-se
incapazes de completarem-se mutuamente”, disse no seu pronunciamento o
presidente da Academia para a Vida e Grão Chanceler do Pontifício
Instituto João Paulo II para as Ciências do Matrimónio e da Família, Dom
Vincenzo Paglia.
E qual a resposta da Igreja diante deste quadro?, pergunta o arcebispo.
“Ao considerar a complexidade da situação social e cultural, ela realiza uma ‘revolução pastoral’”, responde.
“A pergunta que deveríamos fazer não é sobre a doutrina, mas
sobre a realidade com a qual nos deparamos: o que fazer na complexidade
das histórias de vida que, de diversas maneiras, entram na contradição
com ela?”.
A Amoris Laetitia – observou – pede à Igreja uma “mudança de
passo” no acolher e no olhar, com “misericórdia”, a situação da família.
Não há uma mudança de doutrina, mas um “atento discernimento” ao
considerar esta complexidade.
“O capítulo VIII – entre as partes mais esperadas da Exortação papal –
constitui um convite à misericórdia e ao discernimento pastoral, diante
de situações que não respondem plenamente àquilo que o Senhor propõe. O
Papa exorta a assumir o olhar de Jesus e o estilo de Deus expressos
claramente nas suas palavras, nos seus gestos, nos seus encontros”.
A missão dos sacerdotes é a do acompanhamento neste percurso eclesial
de conversão e integração. “Portanto, nada de “faça por sua conta”,
para ninguém, advertiu.
Dom Paglia considera que a Igreja não pode apresentar-se como um
Tribunal, ou um Ministério Público de acusação, para julgar os
cumprimentos e descumprimentos da lei, sem levar em consideração as
dolorosas circunstâncias da vida e o interior resgate das consciências.
A Igreja é empenhada pelo Senhor a ser corajosa e forte, precisamente
na proteção dos fracos, “em cuidar as feridas dos pais e das mães, dos
filhos e dos irmãos; a começar por aqueles que se reconhecem
prisioneiros das suas culpas e desesperados por terem fracassado nas suas
vidas”.
(Ansa)
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