Violência em nome de Deus difama a religião, afirma o Papa (AFP or licensors) |
Francisco conclamou aos líderes políticos e religiosos para combaterem a violência em nome de Deus.
Cidade do Vaticano
A série de audiências do Papa Francisco nesta sexta-feira começou com
cerca de 50 participantes da Conferência “Combater a violência praticada
em nome da religião”.
No seu discurso, o Pontífice definiu como “significativo” um encontro do
género entre responsáveis políticos e líderes religiosos. De modo
especial, recordou suas palavras pronunciadas na viagem ao Egito, quando
exortou a excluir toda absolutização que justifique formas de
violência.
Francisco afirma que uma das maiores blasfémias é chamar Deus como
garante dos próprios pecados e crimes, chamá-lo para justificar o
homicídio, o massacre, a escravidão, a exploração, a opressão e a
perseguição de pessoas e populações inteiras.
“Todo o líder religioso é chamado a desmarcar qualquer tentativa de
manipular Deus”, insistiu o Papa, acrescentando que o pertencer a a uma
determinada religião não dá nenhuma dignidade ou direitos suplementares.
O Pontífice exorta não só aos líderes políticos e religiosos, mas também
aos educadores e agentes da comunicação, num esforço conjunto para combater a
violência em nome da religião.
“Expresso novamente o meu apreço pela vontade de reflexão e de
diálogo sobre um tema assim tão dramaticamente importante, e por ter
dado uma qualificada contribuição ao crescimento da cultura da paz
fundada sempre sobre a verdade e o amor.”
VATCAN NEWS
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