(RV) Domingo,
19 de junho – no Angelus na Praça de S. Pedro o Papa Francisco
referiu-se ao Evangelho deste XII Domingo do Tempo Comum e à pergunta
formulada por Jesus aos seus discípulos: “Quem dizem as multidões que Eu
sou”(Lc 9,18-24).
A esta interrogação os discípulos apressaram-se a responder que
alguns dizem que Jesus é João Batista, outros que é Elias, outros que é
um antigo profeta que ressuscitou.
Jesus dirigiu-se, então, diretamente aos discípulos perguntando: “E
vós, quem dizeis que Eu sou?” Pedro responde de imediato dizendo: “És o
Messias de Deus” – referiu Francisco – e, desta forma, Jesus percebe que
os Doze, e em particular Pedro, receberam do Pai o dom da fé; e por
isto começa a falar abertamente daquilo que o espera em Jerusalém”, ou
seja, que o Filho do Homem “deve sofrer muito, ser recusado pelos
anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas, ser morto e
ressuscitar ao terceiro dia” – assinalou o Papa.
Estas perguntas de Jesus são hoje também feitas a cada um de nós –
disse o Santo Padre - somos chamados a fazer da resposta de Pedro a
nossa resposta, porque todos temos necessidade de respostas adequadas às
nossas profundas interrogações existenciais” – declarou o Papa que
afirmou que é “em Cristo” que encontramos a “paz verdadeira”:
“Em Cristo, só n’Ele, é possível encontrar a paz verdadeira e o
cumprimento de cada humana aspiração. Jesus conhece o coração do homem
como nenhum outro. Por isto pode-o sarar, dando-lhe vida e consolação.”
Nesta passagem do Evangelho de Lucas, Jesus, depois do diálogo com os
discípulos, dirige-se a todos e diz: “Se alguém quiser vir comigo,
renuncie a si mesmo, tome a sua cruz de todos os dias e siga-Me”. É a
cruz do sacrifício pelos outros com amor – afirmou Francisco:
“Não se trata de uma cruz ornamental, ou ideológica, mas é a cruz da
vida, do próprio dever, do sacrificar-se pelos outros com amor, pelos
pais, pelos filhos, pela família, pelos amigos e também pelos inimigos, é
a cruz da disponibilidade a ser solidários com os pobres, a empenhar-se
pela justiça e a paz.”
“Abandonemo-nos confiantes em Jesus, nosso irmão, amigo e salvador” –
disse ainda o Papa – “Ele mediante o seu Santo Espírito, dá-nos a força
de andar em frente no caminho da fé e do testemunho”. “E neste caminho
sempre está próxima de nós Nossa Senhora” – afirmou Francisco.
Após a oração do Angelus destaque para a saudação do Papa Francisco
aos irmãos da Igreja Ortodoxa e a celebração da Solenidade do
Pentecostes segundo o calendário Juliano. Francisco recordou o início em
Creta do Concílio Panortodoxo e, por esta razão, rezou uma Avé-Maria.
O Santo Padre referiu também a beatificação da Irmã Maria Celeste Crostarosa, fundadora da Ordem do Santíssimo Redentor.
O Papa Francisco chamou a atenção para o Dia Mundial do Refugiado
promovido pela Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira dia 20
de junho. O Santo Padre reafirmou que os refugiados são pessoas às quais
“a guerra tirou casa, trabalho, parentes amigos”.
Segundo Francisco as histórias e os rostos dos refugiados chamam-nos a
“renovar o empenho para construir a paz na justiça. Por isto, queremos
estar com eles: encontra-los, acolhe-los, escuta-los” – disse ainda o
Papa.
Francisco pediu aos fiéis para que rezem por ele e a todos desejou um bom domingo e um bom almoço.
(RS)
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