(RV) Papa Francisco
iniciou suas atividades, na manhã deste sábado (27/6), recebendo, na
Biblioteca Apostólica Vaticana, uma Delegação do Patriarcado Ortodoxo
Ecumênico de Constantinopla, vinda a Roma para participar da celebração
de São Pedro e São Paulo.
Esta visita faz parte do tradicional intercâmbio de Delegações, por
ocasião das respectivas festas dos Santos Padroeiros: 29 de junho, em
Roma, a celebração dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo; e 30 de novembro,
em Istambul (Turquia), a celebração de Santo André Apóstolo, irmão de
São Pedro.
Ao acolher, fraternalmente, os representantes do Patriarcado de
Constantinopla, guiados pelo Metropolita Giovanni, o Papa Francisco
disse:
“A sua presença nas celebrações da nossa festa testemunha, mais uma
vez, a profunda relação que une as Igrejas irmãs, de Roma e
Constantinopla, representada pelo vínculo que liga os respectivos Santos
Padroeiros das nossas Igrejas, os Apóstolos Pedro e André, irmãos de
sangue e na fé, unidos no ministério apostólico e no martírio”.
Aos veneráveis irmãos presentes, o Bispo de Roma recordou, com
gratidão, a calorosa recepção que lhe foi reservada, no Fanar, pelo
amado irmão Bartolomeu, pelo clero e pelos fiéis do Patriarcado
Ecumênico, por ocasião da festa de Santo André, em novembro passado.
A vigília da festa e, depois, na Divina Liturgia, na igreja
Patriarcal de São Jorge, acrescentou o Papa, deram-nos a possibilidade
de louvar juntos o Senhor e de pedir-lhe, conjuntamente, que se aproxime
o dia do pleno restabelecimento da comunhão visível entre ortodoxos e
católicos.
O abraço de paz com o Patriarca Bartolomeu, recordou ainda Francisco,
foi sinal eloquente daquela caridade fraterna, que nos anima no caminho
da reconciliação, que, um dia, permitirá participarmos juntos da mesma
Mesa Eucarística:
“Espero, portanto, que possam se multiplicar as ocasiões de encontro,
de intercâmbio e de colaboração entre os fiéis católicos e os
ortodoxos, de modo que possamos superar os preconceitos, as dificuldades
e as incompreensões, consequentes de uma longa separação”.
Francisco concluiu o seu breve pronunciamento à Delegação Ecumênica
agradecendo a sua presença e os sentimentos de cordial solidariedade, e
enviando suas sinceras saudações fraternas à Sua Santidade, o Patriarca
Bartolomeu, e ao Santo Sínodo.
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