28 junho, 2015

Papa Francisco e o Patriarcato Ecuménico de Constantinopla

(RV) Papa Francisco iniciou suas atividades, na manhã deste sábado (27/6), recebendo, na Biblioteca Apostólica Vaticana, uma Delegação do Patriarcado Ortodoxo Ecumênico de Constantinopla, vinda a Roma para participar da celebração de São Pedro e São Paulo.

Esta visita faz parte do tradicional intercâmbio de Delegações, por ocasião das respectivas festas dos Santos Padroeiros: 29 de junho, em Roma, a celebração dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo; e 30 de novembro, em Istambul (Turquia), a celebração de Santo André Apóstolo, irmão de São Pedro.

Ao acolher, fraternalmente, os representantes do Patriarcado de Constantinopla, guiados pelo Metropolita Giovanni, o Papa Francisco disse:

“A sua presença nas celebrações da nossa festa testemunha, mais uma vez, a profunda relação que une as Igrejas irmãs, de Roma e Constantinopla, representada pelo vínculo que liga os respectivos Santos Padroeiros das nossas Igrejas, os Apóstolos Pedro e André, irmãos de sangue e na fé, unidos no ministério apostólico e no martírio”.

Aos veneráveis irmãos presentes, o Bispo de Roma recordou, com gratidão, a calorosa recepção que lhe foi reservada, no Fanar, pelo amado irmão Bartolomeu, pelo clero e pelos fiéis do Patriarcado Ecumênico, por ocasião da festa de Santo André, em novembro passado.

A vigília da festa e, depois, na Divina Liturgia, na igreja Patriarcal de São Jorge, acrescentou o Papa, deram-nos a possibilidade de louvar juntos o Senhor e de pedir-lhe, conjuntamente, que se aproxime o dia do pleno restabelecimento da comunhão visível entre ortodoxos e católicos.

O abraço de paz com o Patriarca Bartolomeu, recordou ainda Francisco, foi sinal eloquente daquela caridade fraterna, que nos anima no caminho da reconciliação, que, um dia, permitirá participarmos juntos da mesma Mesa Eucarística:

“Espero, portanto, que possam se multiplicar as ocasiões de encontro, de intercâmbio e de colaboração entre os fiéis católicos e os ortodoxos, de modo que possamos superar os preconceitos, as dificuldades e as incompreensões, consequentes de uma longa separação”.

Francisco concluiu o seu breve pronunciamento à Delegação Ecumênica agradecendo a sua presença e os sentimentos de cordial solidariedade, e enviando suas sinceras saudações fraternas à Sua Santidade, o Patriarca Bartolomeu, e ao Santo Sínodo.

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