Teatro Municipal do Rio de Janeiro
Sábado, 27 de Julho de 2013
VÍDEO
Imagens do CTV - Arranjo do GOVV |
Papa encontrou-se com mais de 2 mil representantes da sociedade civil e alertou para os perigos do «elitismo» para a democracia
Rio de Janeiro, Brasil, (Ecclesia) – O Papa
Francisco apelou hoje ao diálogo “construtivo” entre todos os elementos
da sociedade brasileira, a fim de promover “um futuro melhor”, com base
no respeito e na participação de cada pessoa, e “reabilitar a política”.
“Considero fundamental, para enfrentar o presente, o diálogo construtivo. Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há sempre uma opção possível: o diálogo”, disse, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Francisco falava durante um encontro com políticos brasileiros, diplomatas, empresários e representantes da sociedade civil, da cultura e das maiores comunidades religiosas do país lusófono.
“É impossível imaginar um futuro para a sociedade sem um vigoroso contributo das energias morais, numa democracia que evite o risco de ficar fechada na pura lógica ou mero equilíbrio da representação dos interesses instalados”, observou.
O Papa apontou o caminho do diálogo construtivo como a melhor alternativa para o crescimento do país, reunindo a cultura popular, universitária, juvenil, artística, tecnológica, económica, familiar e dos media.
“O futuro exige de nós uma visão humanista da economia e uma política que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismos e erradicando a pobreza. Que ninguém fique privado do necessário, e que a todos sejam asseguradas dignidade, fraternidade e solidariedade”, sublinhou.
Após recordar que “os gritos por justiça continuam ainda hoje”, a intervenção deixou um alerta para o “perigo da desilusão, da amargura, da indiferença, quando as aspirações não se cumprem”.
“Além da racionalidade científica e técnica, na atual situação, impõe-se o vínculo moral com uma responsabilidade social e profundamente solidária”, prosseguiu Francisco.
Segundo o Papa, a responsabilidade social exige “um certo tipo de paradigma cultural e, consequentemente, de política”.
“Somos responsáveis pela formação de novas gerações, capacitadas na economia e na política, e firmes nos valores éticos”, advertiu.
Falando em espanhol, Francisco desejou que a nação brasileira, “sempre aberta à luz que irradia do Evangelho de Jesus Cristo, possa continuar a desenvolver-se no pleno respeito dos princípios éticos fundados na dignidade transcendente da pessoa”.
O Papa destacou o contributo das tradições religiosas, que “desempenham um papel fecundo de fermento da vida social e de animação da democracia”.
Perante mais de duas mil pessoas, o Papa convidou o país a “originalidade dinâmica que caracteriza a cultura brasileira”, com a sua “extraordinária capacidade para integrar elementos diversos”.
Neste contexto, foi recordado que o “modo cristão de promover o bem comum, a felicidade de viver” passa pela “humanização integral e a cultura do encontro e do relacionamento”.
“Aqui convergem a fé e a razão, a dimensão religiosa com os diversos aspetos da cultura humana: arte, ciência, trabalho, literatura”, precisou.
O discurso papal deixou reflexões sobre a “liderança” do país, que deve procurar chegar ao “centro dos males”.
“Quem atua responsavelmente, submete a própria ação aos direitos dos outros e ao juízo de Deus. Este sentido ético aparece, nos nossos dias, como um desafio histórico sem precedentes”, sustentou.
Em conclusão, Francisco deixou o conselho que diz dar sempre aos líderes que o procuram – “diálogo, diálogo, diálogo” -, sem preconceitos e com “humildade social”.
“A fraternidade entre os homens e a colaboração para construir uma sociedade mais justa não constituem uma utopia”, finalizou.
OC
“Considero fundamental, para enfrentar o presente, o diálogo construtivo. Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há sempre uma opção possível: o diálogo”, disse, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Francisco falava durante um encontro com políticos brasileiros, diplomatas, empresários e representantes da sociedade civil, da cultura e das maiores comunidades religiosas do país lusófono.
“É impossível imaginar um futuro para a sociedade sem um vigoroso contributo das energias morais, numa democracia que evite o risco de ficar fechada na pura lógica ou mero equilíbrio da representação dos interesses instalados”, observou.
O Papa apontou o caminho do diálogo construtivo como a melhor alternativa para o crescimento do país, reunindo a cultura popular, universitária, juvenil, artística, tecnológica, económica, familiar e dos media.
“O futuro exige de nós uma visão humanista da economia e uma política que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismos e erradicando a pobreza. Que ninguém fique privado do necessário, e que a todos sejam asseguradas dignidade, fraternidade e solidariedade”, sublinhou.
Após recordar que “os gritos por justiça continuam ainda hoje”, a intervenção deixou um alerta para o “perigo da desilusão, da amargura, da indiferença, quando as aspirações não se cumprem”.
“Além da racionalidade científica e técnica, na atual situação, impõe-se o vínculo moral com uma responsabilidade social e profundamente solidária”, prosseguiu Francisco.
Segundo o Papa, a responsabilidade social exige “um certo tipo de paradigma cultural e, consequentemente, de política”.
“Somos responsáveis pela formação de novas gerações, capacitadas na economia e na política, e firmes nos valores éticos”, advertiu.
Falando em espanhol, Francisco desejou que a nação brasileira, “sempre aberta à luz que irradia do Evangelho de Jesus Cristo, possa continuar a desenvolver-se no pleno respeito dos princípios éticos fundados na dignidade transcendente da pessoa”.
O Papa destacou o contributo das tradições religiosas, que “desempenham um papel fecundo de fermento da vida social e de animação da democracia”.
Perante mais de duas mil pessoas, o Papa convidou o país a “originalidade dinâmica que caracteriza a cultura brasileira”, com a sua “extraordinária capacidade para integrar elementos diversos”.
Neste contexto, foi recordado que o “modo cristão de promover o bem comum, a felicidade de viver” passa pela “humanização integral e a cultura do encontro e do relacionamento”.
“Aqui convergem a fé e a razão, a dimensão religiosa com os diversos aspetos da cultura humana: arte, ciência, trabalho, literatura”, precisou.
O discurso papal deixou reflexões sobre a “liderança” do país, que deve procurar chegar ao “centro dos males”.
“Quem atua responsavelmente, submete a própria ação aos direitos dos outros e ao juízo de Deus. Este sentido ético aparece, nos nossos dias, como um desafio histórico sem precedentes”, sustentou.
Em conclusão, Francisco deixou o conselho que diz dar sempre aos líderes que o procuram – “diálogo, diálogo, diálogo” -, sem preconceitos e com “humildade social”.
“A fraternidade entre os homens e a colaboração para construir uma sociedade mais justa não constituem uma utopia”, finalizou.
OC
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