(RV) Ao
meio-dia deste domingo, o esperado encontro do Papa Francisco com a
população de Castelgandolfo e os muitos peregrinos que enchiam a praça
em frente da residência apostólica, para a oração mariana do Angelus. Em
vez de falar da varanda central do palácio, o Papa preferiu dirigir-se à
multidão em frente ao portão, que se situa sobre uma parte sobranceira
em relação à multidão. Teve assim possibilidade, no final de oração, de
abençoar pessoalmente os doentes, as crianças e os idosos.
Na sua alocução, para além de saudar os presentes, pedindo e assegurando orações, o Papa comentou o Evangelho deste domingo, com a parábola do bom samaritano, que refere a indiferença do sacerdote e do levita – pessoas ligadas ao culto – e sublinha a “compaixão” manifestada pelo samaritano, o único que se ocupou daquele pobre homem gravemente ferido, abandonado na berma da estrada. O exemplo do amor pelo próximo. “Mas por que é que Jesus escolhe um samaritano como protagonista da parábola?” – interrogou-se o Papa.
“Porque os samaritanos eram desprezados pelos judeus, por causa de diferentes tradições religiosas. E contudo Jesus faz ver que o coração daquele samaritano é bom e generoso e que… é ele que põe em prática a vontade de Deus, que quer a misericórdia mais do que os sacrifícios”. “Um homem que viveu plenamente este Evangelho do bom samaritano – sublinhou o Papa – foi o santo que recordamos hoje – São Caminho de Lellis, fundador dos “Ministros dos Enfermos” (“Camilianos”), patrono dos doentes e do pessoal dos serviços de saúde”.
“São Camilo morreu a 14 de julho de 1614: precisamente hoje tem início o seu IV centenário, que culminará daqui a um ano”
O Papa saudou “com grande afecto” os filhos e filhas espirituais de São Camilo, que “vivem o seu carisma de caridade em contacto quotidiano”, dirigindo-se também, em geral, aos trabalhadores no campo da saúde, a todos deixando uma exortação: “Sede como ele, bons samaritanos! E também aos médicos, enfermeiros e aos que trabalham nos hospitais e casas de saúde, façam votos de que sejam animados pelo mesmo espírito”.
Confiando esta intenção a Nossa Senhora, o Papa Francisco acrescentou uma outra, a JMJ do Rio de Janeiro, para onde partirá daqui a uma semana, mas para onde estão já partindo muitos jovens. “Rezemos por esta grande peregrinação que já começa, para que Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, guie os passos dos participantes e lhes abra os olhos para acolherem a missão que Cristo lhes dá”.
Depois das Ave-Marias, o Papa declarou-se em união de oração com os Prelados e fiéis da Igreja na Ucrânia, reunidos na catedral de Lutsk pra a Santa Missa de sufrágio por ocasião dos 70 anos dos massacres de Volinia. “Tais actos, provocados pela ideologia nacionalista no trágico contexto da II Guerra Mundial, causaram dezenas de milhares de vítimas e feriram as relações fraternas de dois povos – polaco e ucraniano. Confio à misericórdia de Deus as almas das vítimas. Para os seus povos, peço a graça de uma profunda reconciliação e de um futuro sereno na esperança e na sincera colaboração pela comum edificação do Reino de Deus”.
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Na sua alocução, para além de saudar os presentes, pedindo e assegurando orações, o Papa comentou o Evangelho deste domingo, com a parábola do bom samaritano, que refere a indiferença do sacerdote e do levita – pessoas ligadas ao culto – e sublinha a “compaixão” manifestada pelo samaritano, o único que se ocupou daquele pobre homem gravemente ferido, abandonado na berma da estrada. O exemplo do amor pelo próximo. “Mas por que é que Jesus escolhe um samaritano como protagonista da parábola?” – interrogou-se o Papa.
“Porque os samaritanos eram desprezados pelos judeus, por causa de diferentes tradições religiosas. E contudo Jesus faz ver que o coração daquele samaritano é bom e generoso e que… é ele que põe em prática a vontade de Deus, que quer a misericórdia mais do que os sacrifícios”. “Um homem que viveu plenamente este Evangelho do bom samaritano – sublinhou o Papa – foi o santo que recordamos hoje – São Caminho de Lellis, fundador dos “Ministros dos Enfermos” (“Camilianos”), patrono dos doentes e do pessoal dos serviços de saúde”.
“São Camilo morreu a 14 de julho de 1614: precisamente hoje tem início o seu IV centenário, que culminará daqui a um ano”
O Papa saudou “com grande afecto” os filhos e filhas espirituais de São Camilo, que “vivem o seu carisma de caridade em contacto quotidiano”, dirigindo-se também, em geral, aos trabalhadores no campo da saúde, a todos deixando uma exortação: “Sede como ele, bons samaritanos! E também aos médicos, enfermeiros e aos que trabalham nos hospitais e casas de saúde, façam votos de que sejam animados pelo mesmo espírito”.
Confiando esta intenção a Nossa Senhora, o Papa Francisco acrescentou uma outra, a JMJ do Rio de Janeiro, para onde partirá daqui a uma semana, mas para onde estão já partindo muitos jovens. “Rezemos por esta grande peregrinação que já começa, para que Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, guie os passos dos participantes e lhes abra os olhos para acolherem a missão que Cristo lhes dá”.
Depois das Ave-Marias, o Papa declarou-se em união de oração com os Prelados e fiéis da Igreja na Ucrânia, reunidos na catedral de Lutsk pra a Santa Missa de sufrágio por ocasião dos 70 anos dos massacres de Volinia. “Tais actos, provocados pela ideologia nacionalista no trágico contexto da II Guerra Mundial, causaram dezenas de milhares de vítimas e feriram as relações fraternas de dois povos – polaco e ucraniano. Confio à misericórdia de Deus as almas das vítimas. Para os seus povos, peço a graça de uma profunda reconciliação e de um futuro sereno na esperança e na sincera colaboração pela comum edificação do Reino de Deus”.
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