Porque
me fazes isto, Senhor?
Queria
escrever um texto,
esta
semana,
e
nada,
mesmo
nada vem ao meu coração,
ao
meu pensamento,
à
minha inspiração.
Não
queres que eu escreva?
Não
queres que eu transmita nada da minha vida diária,
vivida
conTigo e para Ti?
.
.
Devolves-me
a pergunta, Senhor,
dizendo-me:
Porquê,
tens
alguma a dizer sobre Mim,
sobre
o que sou e faço na tua vida?
.
.
Oh,
Senhor,
eu
ter tenho,
mas
não sei como transmiti-lo!
.
.
Como
se descreve um amor sem limites?
Como
se descreve uma alegria intensa,
que
é paz e tranquilidade?
Como
se descreve a certeza de ter comigo
Aquele
que tudo pode
e
a Quem nada é impossível?
Como
se descreve a possível “impossibilidade”
de
chamar o nome de Deus
e
saber que sou ouvido?
Como
se descreve esta incrível sensação
de
me sentir acompanhado na travessia
dos
“vales tenebrosos” da minha vida?
Como
se descreve este sentimento
de
querer ver nos outros irmãos,
filhos
do mesmo Pai Criador?
Como
se descreve a extraordinária vivência
de
ser Igreja Santa,
mesmo
sendo pecador?
Como
se descreve o reconhecimento estonteante
de
ser templo do Espírito Santo?
Como
se descreve o saber-me capaz de amar
apesar
de todas as imperfeições?
Como
se descreve o saber-me capaz de perdoar,
porque
me ensinaste o perdão?
Como
se descreve o espanto desmedido
de
saber que Deus,
o
Todo Poderoso,
se
faz pequeno e humilde
para
me servir de alimento?
.
.
Vês,
Senhor,
que
afinal não tenho nada para escrever,
porque
não sei descrever
tudo
o que me fazes viver?
.
.
Obrigado,
Senhor!
Monte
Real, 10 de Julho de 2013
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