(RV) Hoje é dia de S. José. A Igreja celebra nesta quinta-feira, dia 19 a Solenidade de S. José, patrono da Igreja Universal. Há dois anos o Papa Francisco dava início solene ao seu pontificado apresentando S. José como o “guardião”, porque “sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, mostra-se ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos”.
Em 2014, o Santo Padre afirmou neste dia que S. José é o modelo de “educador” e de “papá” para todos os pais do mundo.
Já neste ano de 2015 na quarta-feira, dia 4 de fevereiro na catequese
da audiência geral, o Papa Francisco falou sobre a figura do pai na
família. Recordou que S. José teve a tentação de deixar Maria quando
descobriu que estava grávida, mas abraçou a sua missão de pai. O Santo
Padre deixou claro que “cada família tem necessidade de um pai.”
Segundo o Papa Francisco, a primeira necessidade é que um pai esteja presente na família:
“A primeira necessidade é precisamente esta: que o pai esteja
presente na família. Que esteja junto da sua mulher, para partilhar
tudo, alegrias e dores, trabalhos e esperanças. E que esteja junto dos
seus filhos no seu crescimento: quando jogam e quando se empenham,
quando estão sem preocupações e quando estão angustiados, quando se
exprimem e quando estão taciturnos, quando ousam e quando têm medo,
quando fazem um passo errado e quando reencontram o caminho. Pai
presente sempre.”
O Papa Francisco referiu ainda na sua catequese a parábola do filho
pródigo, melhor conhecida como sendo a do pai misericordioso que
encontramos no Evangelho de S. Lucas e considerou encontrarmos nesse
texto uma grande dignidade e ternura na espera daquele pai pelo seu
próprio filho. Um bom pai – concluiu o Santo Padre – sabe esperar e sabe
perdoar.
“Os pais devem saber ser pacientes. Às vezes, não há outra coisa a
fazer que não seja esperar, rezar e esperar com paciência, doçura,
magnanimidade, misericórdia. Um bom pai sabe esperar e sabe perdoar.”
Recordemos, entretanto, que a 19 junho de 2013, o nome de S. José foi
inserido nas Orações Eucarísticas II, III e IV do Missal Romano através
de um decreto emitido pela Congregação para o Culto Divino e a
Disciplina dos Sacramentos. A decisão de acrescentar esta referência na
principal oração da celebração da missa justifica-se, de acordo com a
Santa Sé, “pelo seu lugar singular na economia da salvação como pai de
Jesus”.
O documento da Santa Sé escreve o seguinte: “S. José de Nazaré,
colocado à frente da Família do Senhor, contribuiu generosamente na
missão recebida na graça e, aderindo plenamente ao início dos mistérios
da salvação humana, tornou-se modelo exemplar de generosa humildade, que
os cristãos têm em grande estima, testemunhando aquela virtude comum,
humana e simples, sempre necessária para que os homens sejam bons e
fiéis seguidores de Cristo”.
Os factos relativos à vida de S. José são contados nos Evangelhos,
sobretudo nos textos de Mateus e Lucas, que o citam pela última vez no
episódio da perda e encontro de Jesus no Templo.
Acredita-se que o culto a S. José teve início entre as comunidades
cristãs do Egito; no Ocidente, os servitas, membros de uma ordem
mendicante do século XIV, começaram a festejar o dia 19 de março como
data da morte de S. José.
S. José foi declarado patrono da Igreja universal em 1870, por Pio
IX; Pio XII instituiu em 1955 o dia 1 de maio como o dia de S. José
Operário. (RS)
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