31 março, 2015

Santa Sé: cristãos no Médio Oriente sob alvo e em perigo de extinção



(RV) Os cristãos estão em perigo de extinção no Médio Oriente, a comunidade internacional que intervenha o mais cedo possível, de outro modo será muito tarde. É a afirmação, num forte apelo ao Palácio de Vidro de Nova Iorque, do observador permanente da Santa Sé nas nações Unidas, D. Bernardito Auza.

“ - O momento é grave” – disse Dom Auza, tendo acrescentado que a própria sobrevivência dos cristãos no Médio Oriente está em risco, depois de 2000 anos. Também outras comunidades étnicas e religiosas estão sofrendo “violações dos direitos humano, torturas, mortes e todo o tipo de perseguições, simplesmente por causa da fé que professam ou por causa do grupo étnico a que pertencem”, mas “os cristãos têm sido, de modo mais concreto tomados de ponta, mortos, ou forçados a fugir das suas casas e aldeias”.

“ Há 25 anos apenas - recorda D. Auza -  existiam quase  dois milhões de cristãos que viviam no Irqaue” enquanto que agora são menos de 500 mil.  A situação tornou-se “insuportável” perante as ameaças de morte que sofrem por parte de organizações terroristas. Os cristãos vivem uma “profunda sensação de abandono” por parte das autoridades legítimas e da comunidade internacional.

A Santa Sé convida todo o mundo “a agir, antes que seja demasiado tarde”, recordando que “a inteira comunidade internacional concordou que cada Estado tem a responsabilidade primária de proteger a sua população do genocídio, crimes de guerra, crimes contra a humanidade e limpezas étnicas” e – lá onde não pudesse ou não quisesse - “a comunidade internacional deve estar pronta a agir  para proteger as populações  em conformidade com a Carta das Nações Unidas”.

O Prelado recorda também que o Papa Francisco convidou várias vezes a comunidade internacional “a fazer todos os possíveis para estancar e prevenir ulteriores violências sistemáticas contra minorias étnicas e religiosas”. “O atraso na intervenção - advertiu o Observador permanente – significará somente que mais pessoas poderão morrer,  ser perseguidas  ou forçadas  a fugir”.

A Santa Sé – disse Dom Auza – exprime “a sua profunda apreciação pelos Países da região e por todos aqueles que trabalham sem se cansar, inclusive com o risco da própria vida, para fornecer assistência a cerca de dois milhões e meio de deslocados internos no Iraque, a 12 milhões de Sírios que têm necessidade de assistência humanitária, dos quais quatro milhões vivem como refugiados e sete milhões e meio como deslocados internos. Procuremos – conclui – ajudar esses Países.  (MM)

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