Estive
em Londres quatro dias com a família, em férias.
No
Domingo procurei, obviamente, uma igreja para participar na Missa Dominical.
O
meu deficiente inglês ou a falta de precisão na pergunta, (se a Missa era
Católica Romana ou Católica Anglicana), levaram-me ao “erro”, do qual só me
apercebi quando reparei que quem presidia à celebração era uma mulher.
Podia
ter percebido logo, visto que estava na Westminster Abbey e não na Westminster
Cathedral.
Confusões
de nomes!
Estava
e deixei-me ficar.
Claro
que tinha de fazer comparações!
Em
primeiro lugar os fiéis foram acolhidos e levados aos lugares sentados que
havia disponíveis, (chegavam para todos), e foi distribuído um “guião” com toda
a liturgia que ia ser celebrada, Leituras e Evangelho, obviamente incluídas,
bem como os cânticos da celebração.
Por
esse “guião” pode perceber que as diferenças com a nossa liturgia eram mínimas.
Tal
facto descansou-me um pouco mais.
A
igreja estava cheia e a procissão inicial, (eram diversos clérigos), foi
acompanhada pelas vozes de um extraordinário coro de vozes infantis e adultas,
que ressoavam naquele ambiente como preces elevadas ao Céu.
Não
posso deixar de dizer que a dignidade da celebração, não só por parte dos
celebrantes, mas também dos fiéis em geral, me fez desejar que tal se passasse
também na maior parte das nossas igrejas e celebrações.
Acreditam
que nem um só telemóvel tocou durante a celebração?
Acreditam
que praticamente não ouvi ninguém tossir ou conversar, durante a celebração?
Acreditam
que a maioria dos fiéis, (ingleses, obviamente), respondiam e cantavam em voz
alta, durante a celebração?
Acreditam
que na fila para a Comunhão, (nas duas espécies), não vi ninguém falar, dar
beijinhos, cumprimentar, ou andar de cabeça baixa, mas sim tudo com grande
dignidade e silêncio correspondentes ao acto que iam fazer?
Acreditam,
por fim, que no final da celebração, ainda antes da procissão final, se
levantaram muito poucas pessoas, a quem no entanto, aquelas e aqueles que
estavam a acolher pediram para permanecer nos seus lugares, e só no fim do
cântico final os fiéis saíram da igreja?
Pois
é, fiquei a pensar no que pensariam muitos daqueles fiéis, se participassem em
algumas, (bastantes), das nossas celebrações dominicais?
Não
o queria escrever como crítica, mas como chamada de atenção para cada um de
nós, fiéis da Igreja Católica Apostólica Romana em Portugal.
Marinha
Grande, 26 de Março de 2015
Joaquim
Mexia Alves
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