Em 15 de junho
celebra-se o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa
Idosa. Em mensagem no Twitter, o Pontífice destaca que a pandemia
demonstrou o despreparo da sociedade em acolhê-los, já que foram a
principal vítima do coronavírus.
Vatican News
“A pandemia da #COVID19 mostrou que as nossas sociedades não estão
suficientemente organizadas para dar lugar aos idosos, com o justo respeito à
sua dignidade e fragilidade. Onde não há cuidado com os idosos, não há
futuro para os jovens.”
Com esta mensagem, o Papa Francisco recorda hoje o Dia Mundial de
Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. Este ano, as Nações Unidas
destacam a necessidade de se proteger os idosos durante e depois da
pandemia da Covid-19.
Embora todas as faixas etárias corram risco, os idosos têm um risco
maior de mortalidade e doenças graves após a infeção. Entre as pessoas
acima de 80 anos, a taxa de mortalidade é cinco vezes maior.
Pandemia
Estima-se que 66% das pessoas com 70 anos ou mais tenham pelo menos
uma condição de saúde subjacente, colocando-as em maior risco. Os idosos
também podem ser discriminados quando médicos e hospitais decidem quem
tem acesso a tratamentos e medicamentos.
Além disto, antes da pandemia, metade da população idosa em alguns
países em desenvolvimento já não tinha acesso aos serviços essenciais de
saúde. A crise pode levar a uma redução de serviços críticos, aumentando
ainda mais os perigos.
Em maio, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lançou um
relatório detalhando o impacto da Covid-19 em idosos. Na altura, afirmou ele que “nenhuma pessoa, jovem ou velha, é dispensável.”
Para o chefe da organização, "os idosos têm os mesmos direitos à vida
e à saúde que todos os outros." Ele disse ainda que “decisões difíceis
sobre cuidados médicos devem respeitar os direitos humanos e a dignidade
de todos."
Crescimento
Entre 2019 e 2030, o número de pessoas com 60 anos ou mais deve
crescer 38%, passando de 1 bilião para 1,4 biliõrs. Nessa altura, o
número de idosos irá superar o número de jovens em todo o mundo. Este
aumento será maior e mais rápido nos países em desenvolvimento.
Por tudo isto, a ONU afirma que “é preciso prestar mais atenção aos
desafios específicos que afetam os idosos, inclusive no campo dos
direitos humanos.”
VN
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