Na audiência
geral, Francisco encerrou o ciclo de catequeses sobre a oração do Pai
Nosso, afirmando que “a oração cristã nasce da audácia de poder chamar
Deus, de ‘Pai’. No final do encontro, a saudação ao Card. José Falcão.
Cidade do Vaticano
Esta quarta-feira de sol e clima primaveril em Roma foi o cenário no
qual cerca de 20 mil pessoas participaram do encontro semanal com o Papa, no Vaticano. Francisco entrou
na Praça de São Pedro e imediatamente deixou cinco crianças subirem ao papa-móvel e o acompanharem na volta da praça. É a ocasião em que o
Pontífice cumprimenta todos os presentes distribuindo sorrisos e
carinho.
Na sua reflexão, encerrou o ciclo de catequeses sobre a oração do
Pai Nosso, e concluiu que “a oração cristã nasce da audácia de poder
chamar Deus, de ‘Pai':
Francisco continuou a explicar que em diversas passagens do Novo
Testamento, podemos ver como Jesus, com o seu exemplo e palavras, nos
ensina o sentido da oração do Pai-Nosso. Por exemplo, quando os
discípulos que, ao ver Jesus passar longos momentos em oração, pedem que
Ele lhes ensine como rezar. Ou no Getsêmani, onde, ao invocar a Deus
chamando-o de Abbá, Jesus demonstra a confiança num momento de angústia.
No meio das trevas, Jesus invoca Deus com o nome de “Abbà”, com
confiança filial e embora sinta medo e angústia, pede que seja feita a
sua vontade.
Quando Jesus fala da necessidade de rezar de modo insistente,
lembra-se sempre dos irmãos, sobretudo com a disponibilidade de perdoar
as ofensas recebidas. Em suma, Jesus ensina-nos que o cristão pode
rezar em qualquer situação, seja com expressões retiradas da Bíblia,
como os salmos, seja com expressões que brotaram dos corações de tantos
homens e mulheres que se sabiam amados pelo Pai.
O primeiro protagonista de toda oração cristã é o Espírito Santo
É ele que sopra no coração do discípulo e nos torna capazes de rezar como filhos de Deus. É ele que nos ensina a rezar:
Assim rezava Jesus, e por vezes usou expressões muito distantes do
texto do Pai Nosso. Como quando na cruz, pronunciou as palavras ‘Deus
meu por que me abandonastes’. A explicação é que naquele grito de
angústia, está o núcleo da relação com o Pai, o fulcro da fé e da
oração. Eis porque o cristão pode rezar em qualquer situação.
Francisco concluiu pedindo que nunca deixemos de recordar na oração
ao Pai os nossos irmãos e irmãs na humanidade, para que nenhum deles,
especialmente os pobres, fiquem sem consolo e sem uma porção de amor.
Orações por missionária assassinada e cristãos na China
Nas suas palavras finais, o Papa lembrou a Irmã espanhola Ines Nieves Sancho, missionária assassinada na República Centro-africana, pedindo a todos que rezassem com ele uma Ave Maria.
Sexta-feira, dia 24 de maio, celebra-se o dia de Nossa Senhora Auxiliadora, que é particularmente venerada na China, no Santuário da Virgem de Sheshan, em Xangai.
Dirigindo-se aos brasileiros, numerosos na Praça, o Papa recomendou que neste mês dedicado à Virgem Maria, procuremos contemplar mais intensamente a face do Senhor Jesus com a
oração do Terço, para que Ele seja o centro de nossos pensamentos, de
nossas ações e de nossa vida.
Enfim, fez uma saudação especial ao Cardeal José Falcão, arcebispo emérito de Brasília, que está a completar 70 anos de ordenação sacerdotal. Dom José respondeu com um sorriso.
No final do encontro, o Papa concedeu a todos a bênção apostólica.
Saudação do Papa ao Cardeal Falcão
VN
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